Cunha confessa manobra
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Sua decisão de deflagrar o impeachment veio na esteira da decisão do PT de não apoiá-lo no Conselho de Ética...
Se você olhar o cronograma das decisões, verá que eu tinha prometido publicamente que, até o dia 30 de novembro, eu traria uma decisão. Por que eu acatei o pedido em 2 de dezembro? Primeiro, por que eu quis homenagear a data de aniversário da minha filha [risos. Segundo, porque eu vi que iriam votar a mudança da meta [fiscal na sessão do Congresso Nacional. Eu queria que a decisão fosse antes da votação da mudança da meta. Se eles votassem a mudança da meta, eles ficariam com discurso político de que a meta já tinha sido votada.
Isso não reforça a tese de que o sr. forçou a mão do impeachment?
Eu já estava com a decisão tomada, posso comprovar. Era só uma questão de tempo. Quando eu vi que ia ter a mudança da meta, eu falei: "tem que ser antes", se não você enfraqueceria.
Horas poderiam ter mudado o destino da presidente.
Não sei se poderia ter salvado, mas que efetivamente daria para eles uma desculpa, daria. O fato de ter votado não significa que ela não teria praticado crime. Mas era fundamental, na minha ótica, que essa decisão fosse feita antes da votação, para evitar um discurso político. Essa foi a razão pela qual eu soltei [o pedido naquele dia. Não tem outra razão.