Festa de 50 anos e D"Ale fica

Festa de 50 anos e D"Ale fica

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Entrei nos 50 de bem com a vida.

Fizemos uma festa no Bom Fim, na Sociedade Italiana.

Festa com samba.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O grupo Estandarte do Samba arrasou.



 

 

 

 

 

 

 

Fico arrepiado sempre que ouço.

Depois, ao final, a Tinga matou pau.

Comemorei com grandes amigos, familiares, que vieram de São Leopolodo eSantana do Livramento, trazendo boas lembranças de Palomas, e pessoas que admiro por tantas razões.



 

 

 

 

 

 

 

Gostei de ver minha mãe no samba.

Já fui para a festa em estado de graça com a notícia da permanência de D "Alessandro no Inter.

Não sou tão fanático quanto algumas pessoas.

Mas curto a brincadeira.

E admiro o futebol do gringo.

No meio da festa, Felipe Vieira me passou o celular: era o presidente Giovani Luigi.

Cumprimentei e fui cumprimentando.

Luigi foi dez.

O Inter mostrou-se grande.

Não se conformou com a partida de D"Ale.

Não aceitou o tradicional "não tem como impedir a saída".

Saí de alma lavada da festa.

As fotos do Miguel Costa não me deixam mentir.

Com o livro recebido de presente do governador na mão sob o olhar atento do presidente da Assembleia Legislativa Adão Villaverde e na presença do poeta Luiz de Miranda e do jornalista e meu padrinho de casamento Emanuel Mattos.



 

 

 

 

 

 

 

Olha aí Luis Gomes, Luis Carlos Reche, Felipe Vieira, David Coimbra e eu.



 

 

 

 

 

 

 

E esse brinde aí com o Reche?



 

 

 

 

 

 

 

E esse bolo com capas de meus livros bolado pela Cláudia!



 

 

 

 

 

 

 

Essa animação toda!



 

 

 

 

 

 

 

Ou assim:



 

 

 

 

 

 

 

Meus amigos de sempre, meus familiares, amigos da universidade, amigos do jornalismo, amigos da literatura, muita gente maravilhosa, todos esteviram lá lá. Caímos no samba. Cada com suas possibilidades, competências e estilos. Um show.



 

 

 

 

 

 

 

O poeta Luiz de Miranda recitou.

O grande Nei Lisboa observou.

O prefeito José Fortunati e a esposa ficaram quase até o fim.

Teve encontro de concorrentes.



 

 

 

 

 

 

 

Olívio Dutra, Dona Judite e minha irmã Vera.



 

 

 

 

 

 

 

A bancada do PSOL esteve em massa: Pedro, Fernanda e Luciana (que está sem cargo só temporiamente).

A vereadora Sofia Cavedon, o ex-vereador Claudio Sebenello, de quem recebi o título de cidadão de Porto Alegre, Marcos Rolim e o ex-vice governador Antonio Hohlfeldt, meu colega de PUCRS, deram tom suprapartidário à festa.



 

 

 

 

 

 

 

Cristopher Goulart, neto de Jango, foi o nosso símbolo trabalhista.



 

 

 

 

 

 

 

A ministra Maria do Rosário faltou, mas me mandou um twit de cumprimentos e desculpas.

O Rogério Mendelski não pôde comparecer, mas prometeu ler a Caras para ficar a par de tudo que rolasse.

Três prefeituráveis diviriram o espaço numa boa: Fortunati, Manuela e Adão Villaverde.

Dona Solange Calderon, diretor da Rádio Guaíba, e seu esposo me honraram com a presença.

Assim como Telmo Flor, meu velho amigo e diretor de redacao do Correio do Povo, com a família.

Comunhão completa até de meus editores: Luis Gomes (Sulina) e Ivan Pinheiro Machado (L&PM).

O Joaquim levou a Taline e o Diego à festa.

Olhe ele aí com o Telmo Flor.



 

 

 

 

 

 

 

Amigos, amigos, velhos amigos, Juarez, Emanuel, Álvaro, Celso, Francisco e por aí vai.

Citar nomes é deselegante, pois não tenho como dar a lista completa.

Agora, entre nós, quem brilhou mesmo  (brilha sempre no meu firmamento) foi a Cláudia.

Ninguém bateu Carlos Gerbase e Luciana em animação no samba.

Ah, a Marta estava lá como representante dos meus "fãs".

Ganhei boné do Inter.



 

 

 

 

 

 

 

E teve professora santanense tirando foto com o governador.



 

 

 

 

 

 

 

Meus colegas de PUCRS não deixaram por menos.



 

 

 

 

 

 

 

Só quem perdeu foi a Luiza.

Quem mandou ir para o Canadá?

Fiz a minha extravagância.

Achei que trabalhando 16 horas por dia, merecia sair um pouco da rotina.

No meu breve discurso, abri o  jogo.

Declarei que, chegado aos 50 anos, estava saindo do armário, chutando o balde, rasgando a bandeira.

Repito aqui: resolvi me assumir. Antes tarde do que nunca.

Resolvi me assumir: como poeta.

*

Os pássaros

Quem não se emociona com os pássaros

Que partem para o outro lado do mundo?

Será que eles sabem mesmo aonde vão

Ou, como os homens, voam para o fundo,

 

Fundo imenso do tudo, do nada, da imensidão?

 

Há em cada pássaro uma solidão desplumada,

Como se cada ave solene se despisse no ar,

Mantendo na revoada a vida por um penar.

 

Canto e esperança sobre a água salgada.

 

Será que os pássaros sentem saudades do sol?

Levarão os pássaros na bagagem uma lembrança?

Memória das pedras, dos ninhos, de um arrebol?

 

Existem pássaros que voam em esquadrão,

Podem ser vistos zumbindo no azulão,

Quem são eles, esses estorninhos?

Por que não escolhem outros caminhos?

 

Há todo tipo de viajante e de viagem?

Para onde vai agora esse albatroz?

Por que seu voo parece assim atroz?

Por que seu olhar parece assim feroz?

 

Acumulam esses pássaros milhagem?

Ou lhes basta um saco de aniagem,

Um aceno, um piar e uma paisagem

Desde que sigam sempre a avançar?

 

A andorinha sozinha não faz verão,

Talvez por isso viaje em excursão.

Será que nas alturas os pássaros rezam

E pedem ao seu Deus por tempo bom?

 

Como esses pássaros lembram homens, viajantes,

Como lembram esses grupos de retirantes,

De trabalhadores, de ansiosos emigrantes

Buscando aconchego nas asas uns dos outros.

 

Por vezes, na aspereza do céu, em alarido

Parecem querer cobrir o silêncio ferido

Pela tristeza incontida da retirada.

 

Que mágoas e inquietações levarão os pássaros?

Terão a certeza de encontrar casa e comida?

Terão deixado sem despedida algum amor de estação?

 

O que separa os pássaros dos homens?

Será mesmo o que se chama de instinto?

Conhecerão os homens a alma do absinto?

 

Ou, feito os pássaros, seguem em repontes,

Taciturnos ou ruidosos, bebendo um tinto,

Viajando para esses velhos novos horizontes

Como quem tenta decifrar a natureza do mar?

 

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