Professor ou sofredor?

Professor ou sofredor?

O verdadeiro herói nacional

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O professor, especialmente o de ensino fundamental e médio, é tudo.

O que ganha? Pouco.

O que pode esperar? Nada.

Qual é seu Estado? De angústia, ansiedade, depressão e penúria.

É tudo, trabalhando em escolas públicas precárias, por ser a base da sociedade.

O pouco que ganha está longe de dar conta do que dele se espera.

Nada pode esperar, salvo reformas que lhe farão mais pobre.

Sendo tudo, ganhando e pouco e nada podendo esperar, vê suas conquistas transformadas em privilégios, alguns dos seus direitos adquiridos convertidos em expectativa de direito, sua utopia metamorfoseada em pesadelo.

O governo federal vê no professor o espectro do comunista.

Manda os alunos espioná-lo.

O governo estadual enxerga no professor um problema contábil

Para arrumar as suas contas, incapaz de combater sonegação, cobrar dívidas e cortar subsídios a empresários, repassa a fatura para os mestres esfalfados.

O governo municipal só queria silenciar esses professores e suas ideias.

Sofredor em todas as instâncias, o professor sobrevive.

Não é da sua natureza desistir.

Mas como evitar o estresse?

Como pagar as contas em dia?

Como se manter mobilizado?

Do tudo ao nada um pouco sempre se faz.

Afinal, cada professor ouve todo dia dos políticos que a educação é prioridade.


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