Pulmões artificiais

Pulmões artificiais

Oportunidade de negócios

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      Informações ultrassecretas, tão secretas que só se poderá tomar conhecimento do conteúdo integral dentro de cem anos, a exemplo da carteirinha de vacinação do presidente da República, indicam que a rejeição às vacinas contra o coronavírus teria uma explicação racional: uma oportunidade de negócios. Mais do que isso, uma chance única de relançar a economia, de dar primazia à iniciativa privada, de criar empregos e dar ocupação a ministro da economia. Sem contar que seria uma solução definitiva e revolucionária para o problema dos vírus, não só do corona, mas de todos, inclusive os próximos.

      As grandes crises, garante qualquer coach, abrem ótimas oportunidades para ampliação de horizontes. O coach é otimista por definição. Poliana. Jamais se viu um coach pessimista. Afinal, o seu papel é vender sonhos, ilusões e pizzas existenciais. Embora com menos ênfase há quem veja na covid-19 uma grande chance de fazer bons negócios. Ainda mais se for possível prestar os bons serviços privados ao velho e bom comprador que é o Estado, sempre disposto a reconhecer a sua incompetência em tudo para lucro dos fornecedores.

      Qualquer bom projeto passa por duas etapas: a primeira consiste em reafirmar a ineficiência do Estado. A segunda, em vender para ele. Em situações extremas, preços extremos. É a lei do mercado. Este não tem olfato. Melhor, sente o cheiro do dinheiro, especialmente público, mas não distingue dinheiro ruim de dinheiro bom ou dinheiro moral de imoral. Alguém se lembra do ministro Paulo Guedes, aquele que estudou em Chicago, fez estágio no Chile de Pinochet e ganhou fama como “Posto Ipiranga” do candidato à presidência Jair Bolsonaro? Com a pandemia, ele encolheu. Quase desapareceu. Poderia voltar com o projeto preparado por ousados exploradores do presente e do futuro.

      De que se trata? Extirpação dos pulmões naturais de cada brasileiro e substituição por pulmões artificiais. Seriam 440 milhões de pulmões a produzir, instalar e fazer a manutenção. Claro que não se deixaria essa operação complexa nas mãos do Estado, que, como se sabe, se atrapalha, mesmo com o rei da logística, o ministro Pazuello, no comando. Seria uma PPP (Parceria Pelos Pulmões). Haveria risco de superfaturamento, de corrupção, de furar fila? Não. Por que não? A fiscalização seria rigorosa. A ANVISA agiria com celeridade.

      O apego à vacina, método tradicional, estaria gerando obstáculos à inovação. O tratamento precoce seria à base de cloroquina e ivermectina, cuja eficácia foi comprovada no mundo inteiro, embora não se tenha notícia disso por ser a OMS dominada pela China, e a mídia, pelo comunismo americano. O tratamento definitivo seria por transplante. Já haveria uma empresa altamente qualificada disposta a fornecer os pulmões em tempo recorde. É uma empresa com grande experiência no ramo de ar-condicionado. Se fizer o negócio, o Brasil pode dar um salto inimaginável no empreendedorismo.

      É pagar para ver.


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