Sérgio Moro, o rei do Brasil

Sérgio Moro, o rei do Brasil

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O juiz Sérgio Moro saiu do nada para a glória em tempo recorde.

Desenvolto, ele não se constrange em ampliar todos os dias o seu alcance.

Ao que tudo indica, vaza ou faz vazar informações quando acha necessário.

A Lava Jato é uma associação entre ele, a Polícia Federal e o Ministério Público.

Não deveria haver distanciamento entre quem investiga e quem julga?

Moro parece fechado numa parceria com a Rede Globo.

Manda conduzir coercitivamente sem antes intimar ou convocar para depoimento.

Ao que consta vazou o famoso áudio da conversa entre Lula e Dilma que derrubou a presidente.

Incansável e original, Moro acaba de se arrogar uma nova atribuição: definir quem é jornalista.

Mandou prender o blogueiro Eduardo Guimarães, que antecipou há um ano a condução coercitiva de Lula, totalmente arbitrária, para extrair-lhe a fonte dessa informação. Criticado por atentar contra o direito de preservação da fonte, expediu nota dizendo que Guimarães é blogueiro, mas não jornalista.

Moro vai mandar conduzir coercitivamente William Bonner, o leitor de notícias do Jornal Nacional, por difundir informações vazadas todos os dias diretamente das instâncias de investigação?

Vai mandar conduzir coercitivamente o Procurador-Geral da República, o  contraditório Rodrigo Janot, que, segundo a ombudsman da Folha de S. Paulo, organizou um monstrengo chamado "coletiva em off" para vazar seletivamente sua lista de nomes a investigar com autorização do Supremo Tribunal Federal?

No popular, Moro tá se achando.

Tudo nele anda com cara de exceção.

Moro não precisa ser presidente da República.

Já é o rei do Brasil.

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