Batalha de La Plata, o outro lado: como o Estudiantes trata aquele jogo

Batalha de La Plata, o outro lado: como o Estudiantes trata aquele jogo

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Foto: Estudiantes / Divulgação


Desde que o sorteio das oitavas de final da Libertadores colocou Grêmio e Estudiantes frente a frente, a partida entre os dois clubes pela competição continental em 1983 passou a ser relembrada. Aquele jogo acabou se tornando histórico para o Tricolor em sua primeira conquista da América e ganhou o nome de “Batalha de La Plata”. Mas como o Estudiantes trata aquela partida?

 

Mesmo que tenha sido eliminado dias depois do jogo com o Grêmio ao empatar com América de Cali, o Estudiantes trata aquele empate com o Tricolor como uma das maiores façanhas de sua história. O clube, claro, minimiza o clima hostil de La Plata tão reclamado pelos gremistas e exalta o fato de ter buscado o 3 a 3 após estar perdendo por 3 a 1 tendo apenas sete jogadores em campo.

 

O texto publicado no site do Estudiantes nessa segunda-feira que relembra o histórico de confrontos com o Grêmio mostra a dimensão que o clube argentino dá para aquele jogo. “Esse 3 a 3 foi heróico, épico, algo que jamais outro clube igualou. Ainda que o Estudiantes tenha ficado fora da final, o empate com os brasileiros com somente sete jogadores ficará marcado eternamente não apenas nos torcedores ‘albirrojos’, mas também em todos os fanáticos pela Copa Libertadores. Reações como essa se viram poucas no mundo do futebol e não poderia ser de outra maneira, foi feita pelo Estudiantes”, destacou o clube.

 

 

O feito do Estudiantes é destacado também pela imprensa argentina. Quando o clube conseguiu sua classificação para as oitavas de final da Libertadores deste ano ao marcar dois gols nos minutos finais contra o Nacional, o Diário Olé fez uma lista de grandes feitos da equipe de La Plata e lá estava o empate com o Grêmio entre os principais.

 

Quando o jogo de 1983 completou 20 anos, em 2003, a Espn Argentina fez um especial que contou com quatro jogadores do Estudiantes que enfrentaram o Grêmio: Julian Camino, Sergio Gurrieri, Miguel Ángel Russo e Guillermo Trama. “Sete homens contra 11 buscar o empate perdendo por dois gols de diferença é um recorde. Não existe algo igual”, disse Miguel Ángel Russo, o autor do terceiro gol do Estudiantes.

 

Sobre a pressão sofrida pelo Grêmio, Camino disse que o clima enfrentado pelos brasileiros não foi nada além do que eles costumavam encontrar quando jogavam em países como Uruguai e Colômbia. O argentino, no entanto, admitiu que a partida com o Grêmio na ida no Olímpico havia sido “normal”.

 

O vilão apontado pelos ex-jogadores do Estudiantes é o árbitro Luis de La Rosa. Eles afirmam que o uruguaio exagerou ao expulsar Trobbiani e Ponce ainda no primeiro tempo e dizem que a conduta da arbitragem contribuiu para acirrar os ânimos na partida. “Vimos que ele iria nos complicar quando deu um cartão ao Tribbiani antes da bola rolar”, citou Guillermo Trama.

 

Confira abaixo os depoimentos dos jogadores do Estudiantes:

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