"Não quero mais escrever sobre guerra"
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Ao ser perguntada pelo mediador sobre o custo emocional e pessoal deste tipo de livro, Svetlana declarou que não consegue mais escrever livros sobre guerras. "Não sou uma super mulher, mas tinha que escrever estas histórias. A cultura russa é força, mas chega! Eu já sofri muito, hoje eu não consigo mais. Não fui à Chechênia. Vocês não conseguem imaginar o que é ver corpos mortos ou aos pedaços. Tudo o que quis dizer sobre este tema eu disse nos meus livros", ressalta a autora de "O Fim do Homem Soviético", que ainda não tem tradução no Brasil. Sobre o poder, afirmou que a obrigação de todo o jornalista é ser contra os governos e que Lukashenko (presidente bielorrusso), Putin, Sarkozy, Hollande são todos iguais, representam o poder. Não existem seres livres. Quando tivemos a Perestroika (abertura política), o povo se tornou pobre e os democratas foram culpados. O Putin todos ouvem nos pronunciamentos, mas quem vai ouvir o povo e estas pessoas da minha geração?", indagou Svetlana.