Ainda há livros na praça

Ainda há livros na praça

Com a Feira do Livro no formato virtual, em uma edição histórica, um único vendedor de livros chama a atenção na Praça da Alfândega

Ambulante comercializa livros por R$ 5,00 na Praça da Alfândega

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A Feira do Livro iniciou oficialmente em 30 de outubro, mas diferentemente das 65 edições anteriores, neste ano o evento literário mudou de ares e invadiu as telas de computadores e celulares.  Devido à pandemia da Covid-19,  todas as atividades que antes enchiam de cultura e literatura a Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, hoje estão nas pontas dos dedos, as bancas que tradicionalmente participavam da feira e foram para o meio digital. 

A feira tão querida por todos os gaúchos mudou. Está totalmente online e a Praça da Alfandega totalmente vazia, sem o normal barulho dos livreiros e amantes da literatura que normalmente lotam o lugar nesta época do ano. No entanto, uma cena chama a atenção. 

Um ambulante que não quis se identificar expõe seus exemplares no chão, sem o luxo de uma banca ou o conforto de um telhado sobre a cabeça, os livros espalhados em lonas são vendidos por R$ 5,00. Ele diz não ser livreiro e nem quer ser visto desta forma. Prefere ser identificado como um “camelô” tentando ganhar a vida, mas reconhece a importância da feira para os amantes e feirantes que não puderam ocupar o espaço este ano. 

Pessoas que passam no local param para olhar e admirar os livros que estão, de certa forma, expostos numa praça que antes respirava cultura e literatura numa Porto alegre que adaptou um de seus eventos mais tradicionais. 

 

Jeannifer Machado / Faculdade São Francisco de Assis


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