“O tempo é a nossa principal riqueza”, diz Mirian Goldenberg

“O tempo é a nossa principal riqueza”, diz Mirian Goldenberg

Live contou com a presença da escritora e antropóloga

"O tempo é a nossa principal riqueza, principalmente, na velhice”, afirma Mirian

publicidade

Na última quinta-feira (12), a 66ª Feira do Livro de Porto Alegre transmitiu a live “Em busca de significado”. O evento teve como foco a maneira como as pessoas mais velhas, que são as mais afetadas pela pandemia da Covid-19, encaram a vida nesse momento.  A psicanalista Diana Corso, autora do livro “Tomo conta do mundo: Conficções de uma psicanalista” mediou o bate-papo com a antropóloga Mirian Goldenberg, autora dos livros “Liberdade, felicidade e foda-se!: As perguntas e as respostas para viver mais”, “A bela velhice” e muitas outras obras.

Iniciando a conversa, Diana apresentou a convidada e seus trabalhos na pesquisa sobre a terceira idade. “Dos 30 livros, vou falar dos dois relacionados ao assunto de hoje, ‘A Bela Velhice’ e ‘Liberdade, felicidade e foda-se!: As perguntas e as respostas para viver mais’. Ao dizer o nome do último livro, a psicanalista sorriu e ficou sem jeito. “É o que está escrito aqui”, disse.

Diana também tratou sobre os assuntos da live, novos planos, liberdade e leveza. Segundo ela, a quarentena serve para estreitar os vínculos com os idosos. “É o momento para entendermos a experiência das pessoas mais velhas. Eu acho que a palavra ‘velha’ é muito bonita e a Mirian a usa com muito carinho”, contou.

Mirian deu início à participação na live relatando o que aprendeu com suas pesquisas sobre o tema ao longo de 20 anos. “Essa pandemia me mostrou na prática algo que eu já estava aprendendo nos últimos anos, o tempo é a nossa principal riqueza, principalmente, na velhice”, afirma.

A antropóloga conta sobre seus trabalhos atuais com os nonagenários e os centenários. Mirian ainda falou um pouco sobre alguns de seus entrevistados e como eles se relacionam com o tempo, sem a menor pressa. “O Guedes, que tem 97 anos, leva 20 minutos para comer uma linguicinha, tomando um chope e ouvindo uma música. Ele está inteiramente naquele momento. Às vezes eu filmo para guardar essa lição do que é saborear o tempo”, relata.

Nicoli Silveira / UniRitter


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895