Alfa Romeo ousa com transformação na dianteira para se recuperar na F1

Alfa Romeo ousa com transformação na dianteira para se recuperar na F1

C41 é projeto com mais novidades entre os apresentados até aqui

Bernardo Bercht

C41 aposta alto em frente inovadora e abre espaço para novo motor Ferrari

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A Alfa Romeo-Sauber (marquem o Sauber) foi quem mais mudou conceitos até aqui para seu carro de 2021. Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi estarão ansiosos por um equipamento que permita voos bem mais altos, e na aparência o C41 parece entregar algo mais competitivo. O projeto tem a parte frontal muito marcante, numa leitura própria que combina elementos marcantes usados tanto por Red Bull quanto Mercedes.

O time abandonou a intrincada combinação de 2020, que causou arrasto e turbulência, mas ainda tem um dos desenhos mais complexos no nariz. A capa adota o elemento vazado com uma grande capa de cobertura, mas que coordena os fluxos para um nariz muito mais estreito e limpo, que segue a linha iniciada pela Mercedes ali por 2018.

O nariz possui duas aletas que formam quase um mini aerofólio, mas ele não está ali para gerar pressão aerodinâmica. A peça direciona ar para os defletores laterais, onde mais trabalho intrincado foi feito pela equipe ítalo-suíça. É outro ponto chave do design, na busca por recuperar o downforce perdido com o corte no tamanho do assoalho por regulamento.

Na linha central, a Alfa optou por aumentar a altura das laterais do carro, o que permitiu compactar as laterais de forma agressiva, liberando ar para o difusor. Também atendeu as necessidades de mais ar frio do novo motor Ferrari. Os italianos precisam de folga para liberar potência num propulsor que foi asmático na temporada anterior.

O santantônio manteve a entrada tripla, linha que só a Alfa seguiu até aqui, o que indica ter funcionado bem. Um pouco mais larga, a peça também foi reduzida em altura, com algum ganho para o fluxo rumo à asa traseira e no centro de gravidade.

Atrás, também buscando todo e qualquer downforce, a Alfa aumentou a complexidade daquelas asinhas complementares à frente do aerofólio traseiro. Aquela "antena VHF" que aparece em vários carros, foi reforçada, com novas aletas e estruturas para direcionar ar ao difusor traseiro.

A nova pintura, por fim, entrega o período de transição do time. A Ferrari está gradualmente reduzindo a participação e, com isso, a polonesa Orlen tomou mais protagonismo, assim como as várias adesivagens de Sauber Engineering na carenagem.


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