Brasileiros analisam expectativas às vésperas da Indy 500: "Agora é roer unha e tentar dormir"

Brasileiros analisam expectativas às vésperas da Indy 500: "Agora é roer unha e tentar dormir"

Sábado de calmaria é dia de eventos e entrevistas, mas a bandeira verde aguarda logo ali na maior prova do mundo

Bernardo Bercht

Trio brasileiro se prepara para enfrentar 30 rivais pelo prêmio maior da Indycar

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*Com informações de Marco Carvalho / Especial

Indianápolis tem no sábado a breve calmaria antes da tempestade dos motores. É um dia de reverência ao tempo do automobilismo e dos pilotos homenagearem o público com sua passeata. É também momento de muita expectativa, tanto para veteranos quanto para estreantes.  "Agora é roer unha e tentar dormir", destaca o vencedor da Indy 500 de 2013 Tony Kanaan. "Vai ser uma loucura a 380 por hora o que a gente vai fazer amanhã", emenda o novato mais rápido de 2021, Pietro Fittipaldi.

Neste domingo, às 13h no Brasil, 33 pilotos vão tentar vencer a prova que sempre escreve um nome na história do esporte a motor. Kanaan e Hélio Castroneves tem boas chances de aumentarem seus números, Pietro vai querer deixar aquela primeira impressão inesquecível. Todos eles, contudo, vão depender que um cara não tenha um dia perfeito, pois num dia perfeito, Scott Dixon é imbatível. E ainda vai disparar da pole-position.

Pietro avalia que a emoção está no mesmo nível de sua estreia na Fórmula 1, com uma dose de adrenalina turbinada. "Quando eu fui no Texas a primeira vez, a adrenalina foi absurda. A gente faz perto de 380 km/h por hora toda a volta. Toda a volta, entende? É insano que fazemos no superspeedway", comenta. Ele tenta, a poucas horas da bandeira verde, se afastar do agito e das repercussões da Indy 500. "Estou focado na corrida, pretendo largar bem e depois é uma prova longa, que muita coisa pode acontecer", projeta.

Será a primeira largada em fila tripla para o Fittipaldi da nova geração, para Kanaan, mais um dia de trabalho. "É a única vez no ano que a gente larga em três carros, mas eu não vejo problema", garante. "Temos um acordo de todo mundo tentar ir atrás do outro na primeira volta. Então vai ser parecido", confia o veterano.

Pietro até contou com alguma ajuda do francês Romain Grosjean, que está correndo nos circuitos mistos da Indy, mas auxílio que serviu apenas para encontrar a melhor posição no cockpit e as referências de ajustes eletrônicos. "É bom compartilhar com ele. Tentamos nos ajudar, mas é difícil um tentar auxiliar o outro, pois é tudo muito diferente entre o misto e o oval. Eu assisti às provas dele e ele vai tentar vir aqui amanhã", relata o brasileiro.

Brincadeiras, eventos promocionais, entrevistas, passeatas e premiações. O sábado passou, agora só existem duas coisas na cabeça dos pilotos, sobreviver à primeira milha e ser o primeiro a cruzar a jarda de tijolos na 500ª milha.


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