Fórmula Indy arranca para sua maior temporada da década com promessa de equilíbrio

Fórmula Indy arranca para sua maior temporada da década com promessa de equilíbrio

Matheus Leist relata trabalho da A. J. Foyt para evoluir e expectativa de guiar em Austin, mesma pista da Fórmula 1

Bernardo Bercht

Piloto de Novo Hamburgo destacou trabalho de desenvolvimento de amortecedores do seu time

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A Fórmula Indy arranca para uma nova temporada neste fim de semana em St. Petersburg, na Flórida. A promessa é do maior campeonato da década, com um grid consistente de até 25 carros (com exceção dos 33 que largarão em Indianápolis) e um calendário de 17 corridas, sendo cinco ovais e a grande novidade da prova em Austin, no mesmo traçado que a Fórmula 1. O equilíbrio também deve ser a tônica, com grande parte do grid separada por menos de um segundo na maior parte das corridas.

Os brasileiros Tony Kanaan e Matheus Leist buscam retomar o começo promissor com a A. J. Foyt Racing em 2018, mas manter o bom caminho e evoluir o acerto do Dallara-Chevrolet. "Muito trabalho foi feito nos simuladores, tanto de pista quanto de amortecedores, já que a categoria tem poucos dias de testes", analisou Leist. "A gente conseguiu testar vários acertos diferentes, mas precisa chegar na primeira etapa para saber como estamos em relação aos outros", projetou.

Os amortecedores, comentou o piloto de Novo Hamburgo, serão o principal ponto de evolução. "No ano passado andamos cinco décimos, oito décimos. Aí não tem como fazer mudanças tão grandes. A gente procurou desenvolver muito os amortecedores, pois é a área onde temos certeza estarmos mais atrás", salientou. "Este é nosso novo caminho."

Ele tem expectativas para a prova em Austin. "É um lugar bem bacana, que lembra as pistas europeias, com curvas mais largas e áreas de escape", analisou. "É uma pista super divertida e vai ser super boa, com muitos pontos de ultrapassagem."

Um recente "boom" de relevância da categoria faz com que nada menos que sete "rookies" (estreantes) tenham confirmado participação no certame. Um deles, já com vasta experiência, Marcus Ericsson, o sueco que esteva na Fórmula 1 desde 2014. Outra estrela em potencial também é do país escandinavo: Felix Rosenqvist botou banca nos testes da Ganassi e promete ser uma pulga atrás da orelha do multicampeão Scott Dixon. Entre os demais, teremos Colton Herta, Santino Ferrucci, Kyle Kaiser, Ben Hanley e Pato O'Ward.

Vamos lá para a turma da frente e projetar um campeão é tarefa complicadíssima. A primeira previsão ainda será de um cenário Honda x Penske, já que os demais times Chevrolet ainda não atingiram o mesmo nível de desenvolvimento da equipe do Tio Roger. Scott Dixon, atual campeão, sempre é uma carta do baralho, que ainda deve ter muitos coringas. Entre eles, Alex Rossi, Will Power, Josef Newgarden e Sebastien Bourdais. Não dá para excluir, ainda, o lutador James Hinchcliffe, a dubla da Rahal - Graham Rahal e Takuma Sato - e os estreantes cheios de grife, Ericsson e Rosenqvist.

A cereja do bolo, por fim, é um certo espanhol bicampeão de Fórmula 1. Fernando Alonso estará com a McLaren, sob ajuda técnica da Carlin, no grid das 500 Milhas de Indianápolis. Será a segunda tentativa do espanhol de completar a tríplice coroa do automobilismo. Na primeira, bateu na trave...


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