"Falta de treino" nos pits derruba tese de conspiração para vitória da Ferrari

"Falta de treino" nos pits derruba tese de conspiração para vitória da Ferrari

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Prendam este rapaz por ajudar a Ferrari! Não, pera... Ele não causou safety car


A Fórmula 1 quase gosta mais de teorias conspiratórias do que de corridas. Uma nova tese em busca de ETs surgiu com a vitória de Sebastian Vettel, neste domingo em Melbourne. Os teóricos do caos afirmam que a equipe Haas teria propositalmente errado os pit-stops dos seus dois pilotos para gerar o safety car que colocou os ferraristas na liderança da prova. Teoria que fracassa após uns dois minutos de análise.

Em sua terceira temporada no Mundial, a Haas estava fazendo sua melhor corrida, com chances diretas de obter um quarto lugar nunca antes conquistado e, quem sabe, até um pódio. No momento dos pits iniciais, porém, tudo foi por água abaixo. O mecânico responsável pela roda traseira esquerda falhou ao apertar a porca do carro de Kevin Magnussen. Na viatura de Romain Grosjean, a roda dianteira ficou sem o aperto e a vaca foi para o brejo.

A conspiração cai exatamente no pit-stop de Magnussen. O dinamarquês saiu dos boxes desolado e se arrastou até um ponto da pista que não representasse perigo para os outros pilotos. Ele estava justamente EVITANDO um safety car. A prova seguiu normalmente e, duas passagens depois, Grosjean foi para o seu pit. Ao voltar, saiu com a roda ainda mais frouxa e não conseguiu ir além da reta principal.

Quer dizer que um time que investe dezenas de milhões de dólares ia jogar fora dezenas de pontos garantidos na luta do mundial de construtores para ajudar a montadora da qual compra motores a peso de ouro? Mesmo que quisesse, não precisaria acabar com a corrida dos dois carros. Era usar apenas um deles e, sabendo da artimanha, ainda colocar o outro em situação de pódio parando imediatamente depois para capitalizar o safety car. O chefão Gunther Steiner resumiu: "Estávamos sob muita pressão e não conseguimos treinar pit-stops nesse fim de semana". Em resumo, a Haas tropeçou na baba.

O ocorrido na Austrália foi um caso simples da Ferrari marcar Lewis Hamilton antecipando a parada de Raikkonen e, depois, confundir a cabeça da Mercedes mantendo Vettel na pista. Por um enorme arroubo de sorte, veio o safety car que manteve o alemão na frente. Numa prova normal, teria voltado em terceiro, sem chances de brigar com a Mercedes.

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