Ferrari mostra força na arrancada dos testes da Fórmula 1

A Fórmula 1 2019 começou a se desenhar nesta segunda-feira em Barcelona. Os testes de inverno ainda não permitem grandes projeções para a temporada, mas a gente vai arriscar uma análise relâmpago por essas linhas. Primeiro fato é que a Ferrari SF90 já saiu da garagem como um grande chassis, sem a equipe sequer aprofundar o acerto fino. Completaram mais de dois GPs sem tropeços na condução de Sebastian Vettel. Além de tudo, foram os mais rápidos com 1min18s161.

A Mercedes dividiu o trabalho entre dois pilotos e fez aquele velho jogo de esconde-esconde, sempre com o carro pesado, independente do composto de pneu. Valtteri Bottas e Lewis Hamilton ficaram a ignoráveis dois segundos do tempo de Vettel, mas com tanque cheio foram sempre firmes no ritmo. Quem mostrou um pouco mais (e precisa muito) foi a McLaren. Pelas imagens de pista e impressões dos especialistas, o novo carro já tocou o asfalto num nível superior àquele que Fernando Alonso precisou fazer sua mágica para pontuar.

O segundo tempo de Carlos Sainz nem é o mais importante, mas a consistência e as 119 voltas marcadas pelo time inglês. Entres as possíveis forças da temporada, a Red Bull se rasgou em elogios para o motor Honda e fechou 124 voltas, coisa que a McLaren nunca conseguiu sem os propulsores japoneses mostrarem tela azul de erro do Windows na eletrônica ou soltarem fumaça no primeiro dia. Vão incomodar como sempre. Disputar títulos? Dificílimo.

Na turma da mistura, Alfa-Romeo está claramente mais pronta, enquanto Racing Point, Toro Rosso e Haas andaram pouco ainda solucionando probleminhas de toda sorte. A Renault girou bastante, mas sempre num ritmo bem abaixo das demais, tanto com Nico Hulkenberg quanto com a nova estrela contratada, Daniel Ricciardo. Ou escondem muito o jogo, ou o acerto ainda está longe do ideal. A Williams? Ninguém sabe e ninguém viu. Parece que até quarta-feira!