Ferrari surpreende com verde na pintura e muitas mudanças para 2021

Ferrari surpreende com verde na pintura e muitas mudanças para 2021

Scuderia tenta voltar à turma da frente, mas vai depender de recuperar potência do motor

Bernardo Bercht

Pintura "tomatão" chama o olhar, mas os detalhes também importam

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La macchina è arrivata! A Ferrari fez de tudo para contornar as limitações e atualizar seu novo carro para 2021. Com o enorme déficit da última temporada, onde faltou potência e downforce, o time fez transformações na dianteira e traseira para tentar voltar ao bloco da frente.

Na pintura, escolhas questionáveis. Com o novo detalhe em verde, parece um tomatão...

Vamos aos detalhes, então... O bico é o que chama a atenção, apesar do time italiano seguir na filosofia já bem anos 2017 da protuberância dianteira na área de absorção de impacto. A carenagem externa, contudo, foi toda retrabalhada, num desenho mais limpo e compacto para liberar ar em direção aos defletores "bumerangue" entre as rodas e o monocoque. A escolha do "biquinho" foi claramente para economizar tokens, mantendo a estrutura, mas mudando a aerodinâmica com a capa de fibra de carbono.

Precisando emergencialmente tirar potência de um motor asmático, a Ferrari fez uma transformação profunda na entrada de ar superior, no santantônio. A nova peça é bem mais larga e repartida em três. Abdicando de eficiência aerodinâmica, a ideia é mandar ar para a unidade de potência respirar melhor e poder funcionar mais tempo em modos agressivos de corrida e treinos.

De certa forma, o time italiano passa a ter uma zona central mais parecida com a solução da Alpine. Encorpada e robusta, para ajudar na compactação das laterais. Com isso, podem diminuir a "cintura" do carro e liberar um pouco mais de fluxo de ar para o difusor.

Ali, a Scuderia também fez mudanças, com as carenagens sobre o radiador seguindo o exemplo da Williams. Uma rampa vertical em direção ao assoalho, reforçando a pressão aerodinâmica sobre a área que perdeu downforce, por conta da redução das dimensões do regulamento.

O motor ainda vai ser a grande incógnita para a volta da Ferrari aos bons momentos. Se tirar o prejuízo, Carlos Sainz e Charles Leclerc voltam a ser fatores na briga das quatro forças da Fórmula 1.


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