Fraga e Barrichello vencem no Velopark, mas Ricardo Maurício assume ponta da Stock Car

Fraga e Barrichello vencem no Velopark, mas Ricardo Maurício assume ponta da Stock Car

Piloto da Eurofarma RC preferiu poupar o carro e somou dois terceiros lugares na etapa gaúcha

Eduardo Amaral

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O grande vencedor da 8ª etapa da Stock Car, disputada no Velopark em Nova Santa Rita neste domingo, não chegou ao primeiro lugar em nenhuma das duas corridas. Mesmo assim, Ricardo Maurício, da Eurofarma RC, assumiu a liderança do campeonato com dois terceiros lugares.

Com os dois pódios,  Maurício alcançou os 245 pontos, superando o companheiro de equipe e antigo líder Daniel Serra, que não teve um bom domingo e chegou aos 239 pontos. Pensando mais no campeonato do que na vitória nas duas provas, Maurício preferiu poupar o carro ao invés de tentar uma perseguição frenética aos líderes. Largando na pole na primeira corrida, ele foi superado na quarta volta por Felipe Fraga, da Cimed Racing. Sem usar o botão de ultrapassagem, Fraga assumiu a ponta e fez uma corrida perfeita a partir de então, sem nunca ser ameaçado pelo segundo colocado.

Maurício ainda foi superado por Gabriel Casagrande, da Crown Racing; preferiu poupar pneus e combustível e garantir ter um carro equilibrado para a segunda corrida. Fraga manteve a liderança guiando o carro com tranquilidade e mantendo sempre a distância necessária para não ser ameaçado por Casagrande.

Após o pódio da primeira corrida, Maurício se mostrou cauteloso na projeção para a segunda bateria, mas já demonstrava que sua estratégia visou mais os pontos do que a vitória. “Abasteci bastante e tenho até uma boa quantidade de botão de ultrapassagem”, revelou o piloto. Ultrapassado na quarta volta por Fraga, Maurício explicou que não tinha como resistir e preferiu se poupar.

“Eles estavam mais rápidos, não tinha muito o que fazer pensando no campeonato, às vezes a gente tem que correr pelo campeonato, lógico que a vitória seria excelente mas vamos ver o que a gente consegue pontuar agora.” O grid invertido da segunda corrida permitiu que Daniel Serra largasse mais perto da liderança, saindo atrás de Max Wilson. Porém, largar na frente não representou uma vantagem, já que o carro dos dois estava mais lento e foi superado pelos adversários antes mesmo das paradas de box.

Enquanto os líderes do momento se engalfinhavam na frente, Rubens Barrichello, da Full Time controlava na estratégia o pulo do gato. Poupando pneus e combustível, ele conseguiu fazer uma parada mais rápida que os adversários e pulou para ponta depois de todos pararem. Logo atrás dele vinha outro piloto que se valeu da estratégia para pular na frente, Bruno Baptista da RCM. O jovem piloto atazanava os adversários antes do boxe e não foi diferente na parada. Com botões de ultrapassagem para serem usados, ele foi para cima de Rubinho e nas últimas voltas pressionou o experiente piloto e chegou a dividir a curva no final da reta de chegada, mas Barichello fechou a porta e se manteve firme na ponta.

Ao final da etapa Rubinho reconheceu a inferioridade do carro para ganhar a corrida e ressaltou a estratégia que garantiu a vitória. “Não éramos competitivos para ganhar a primeira prova mas o bastante para abastecer bastante e virar entre os 10 primeiros.” Ao falar sobre a pressão sofrida pelo segundo colocado, ele elogiou o colega de pista. “O ‘veinho’ não pode ficar moscando, porque os moleques estão cada dia melhor. O Bruninho está de parabéns, daqui a pouco ele também está ganhando uma prova porque ele merece, está muito rápido.”

Mas Rubinho não foi o único que usou a primeira corrida para garantir um bom lugar na segunda. Baptista usou uma estratégia parecida para voltar mais rápido e bem posicionado dos boxes. “Na primeira corrida a gente foi bem, conseguimos uma posição que o Cacá (Bueno) estava atrás de mim mas distante, então poupei tanto pneu como gasolina, e a primeira corrida facilitou a segunda. A gente abasteceu médio na primeira enquanto outros abasteceram menos e tiveram que ficar mais tempo no boxe.” A experiência de Barichello foi, na avaliação de Baptista, fundamental para que ele não conquistasse a vitória. “Tentei chegar nele mas o bichinho é bom, tem experiência.”

Mas quem mais saiu do circuito gaúcho com motivos para comemorar foi Ricardo Maurício, que teve de superar um problema no câmbio para assumir o primeiro lugar no campeonato. “No final do corrida eu até estava com um ritmo parecido com o do Rubinho e do Bruno, mas duas vezes minha marcha não entrava, e daí acabei administrando no final, mudando de marchas aos poucos.” Ainda assim o piloto foi cauteloso na comemoração. “Foi excelente a pontuação, líder mas está tudo muito apertado.”


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