Leist avalia desafio das 24 Horas de Daytona em sua estreia

Leist avalia desafio das 24 Horas de Daytona em sua estreia

Piloto de Novo Hamburgo destaca performance do novo carro e projeto de disputar pódios no Sportcars Challenge dos EUA

Bernardo Bercht

Leist testou com o "Banana Boat" #85 da JDC Miller

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O piloto de Novo Hamburgo, Matheus Leist, deu suas primeiras impressões após testar o protótipo Cadillac DPi da JDC Miller. O gaúcho de 21 anos destacou uma "experiência super positiva" na transição do leve e ágil Fórmula Indy para o potente carrão com o qual enfrentará as 24 Horas de Daytona daqui duas semanas.

"O Cadillac certamente é mais pesado, mas tem muito motor e pressão aerodinâmica. Nas pistas em que as duas categorias correm, como Long Beach, a diferença fica perto dos três segundos", avaliou. "Tive que me adaptar a várias coisas novoas, o Indy a gente fica quase deitado no cockpit, mas a visibilidade é boa, apesar de não ver direito a frente. No protótipo, fica sentado como carro de rua, mas é tudo fechado, com vários pontos cegos", comparou. "Não dá para ver a zebra na entrada de curva", exemplificou Matheus.

Depois de escalar o "paredão" de Daytona pela primeira vez, o piloto se impressionou com a aderência do Cadillac na parte oval, de alta velocidade. "Pelo acerto que usamos e o downforce, com esse carro da JDC Miller é bem tranquilo segurar ali, só precisa se acostumar com o longo tempo de pé embaixo", citou. "Mesmo ultrapassando carros lentos por fora, ele segura", comentou Matheus.

"É bem diferente de andar tirando asa do carro da Indy, para fazer tempo de classificação em Indianápolis. Bem mais estável", ponderou. Matheus também lembrou e brincou com a posição de pilotagem que dá mais trabalho para entrar nos boxes. "O carro é muito grande e a direção não vira tão rápido, então nas primeiras vezes estava difícil de acertar as marcas para a troca de pneus. Mas com um pouco de prática já estava tranquilo."

Matheus elogiou ainda a estrutura da JDC Miller. "Não é muito diferente do que a gente tinha no pit da Indy, com dois engenheiros dedicados ao carro e todo um complemento de mecânicos e especialistas", afirmou. Sobre os pilotos, Matheus vê muito potencial no quarteto formado pelos norte-americanos. "Tem o Tristan Vautier, que é muito experiente, campeão da Indy Lights e com três anos de Fórmula Indy; o Chris Miller que é filho do dono, mas virou tempos muito próximos de todos e o Juan Piedrahita, que foi meu adversário na Indy Lights e também acelera muito bem. É um quarteto jovem até, mas o importante é que todos trocam bem informações e contribuem para o carro andar mais."

Por conta das provas longas, Matheus salienta que qualquer equipe dos protótipos pode vencer. "Todo mundo vai ter algum problema. Quem mantiver uma boa estratégia e ficar com o carro mais tempo na pista ficará na disputa."


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