Lotus preta, Brabham de Piquet, Austin tem F1 com toque retrô

Lotus preta, Brabham de Piquet, Austin tem F1 com toque retrô

Categoria de carros clássicos acelerou antes da prova oficial nos EUA

Bernardo Bercht, direto de Austin

Categoria de históricos preserva lendas da F1 a 300 por Hora

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No paddock secundário do Circuit of The Americas, em Austin, alguns tesouros estão muito mal escondidos. A Master Historic Formula One prepara, com as especificações da época e algumas ajudas modernas, um grid recheado de preciosidades dos anos 70 e 80 do esporte a motor.

As clássicas Lotus pretas são as primeiras a chamar a atenção, com os modelos "asa" 79 (campeão com Andretti em 1978) e 91 (vencedor com Elio de Angelis em 1982) prontos para encarar qualquer adversário e um raro Lotus 76 de Ronnie Peterson também buscando os holofotes.

Algumas peculiaridades, o Lotus 91 quase foi protagonista de uma das maiores loucuras de Colin Chapman. O mago da aerodinâmica queria fazer uma ação promocional para realmente ter o carro-asa andando de cabeça para baixo num túnel, mostrando o quanto tinha de downforce. Já o 76 chama a atenção pela pouquíssima estrutura de proteção do piloto em caso de impactos. Os joelhos do piloto ficavam quase no eixo dianteiro do veículo.

Fora as belezinhas preto com dourado, duas Williams também chamavam a atenção. A inesgotável safra dos FW07, com um modelo guiado por Alan Jones em seu título mundial e outro por Keke Rosberg,  também na sua conquista solitária de 1982. Ápice daquele momento tecnológico da F1, claro que os carro-asa levaram vantagem na hora de correr. Sim, essas lendas não estavam ali só para bonito, o negócio é acelerar.

O ronco do motor, então, explode na reta de Austin e algumas maravilhas com motor Cosworth, como a Brabham 1982 de Nelson Piquet e a Tyrrell de Michele Alboreto em 1983, surgem a bem mais que 200 km/h. Atrás deles, uma Embassy Hill, o sonho do multicampeão Graham Hill, que terminou num trágico acidente de avião. E também a March laranja da única e acidentada vitória de Vittorio Brambilla. Agora com a frente arrumada, após sua colisão ao cruzar a bandeirada no longínquo 1975.

História movida a gasolina e borracha. História para não esquecer de grandes carros e grandes lendas da F1.

 


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