MC Tubarão mantém tradição com título e jornada dupla para correr as 12 Horas de Tarumã

MC Tubarão mantém tradição com título e jornada dupla para correr as 12 Horas de Tarumã

Tiel de Andrade disputou final da Endurance e na mesma noite completou com Mario e Thomas Bernardi prova em Viamão

Bernardo Bercht

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Manter tradições automobilísticas e levar o carro até a linha de chegada, mesmo que faltando algumas partes "cosméticas". Estas são as metas além da vitória nas tradicionais 12 Horas de Tarumã, que em 2021 foram vencidas pelo Onix #8 de Choka Sirtuli e Jonas Simon. No outro lado do grid, o piloto Tiel de Andrade levou ao máximo os dois desafios citados, ao formar o trio do Celta #5 com Mario e Thomas Bernardi.

A primeira etapa da saga foi conquistar o título do Brasileiro de Endurance, no sábado  (dia 18) à tarde com o protótipo MC Tubarão no autódromo de Goiânia. Depois, ele teria que percorrer mais de 2 mil quilômetros e dar um jeito de chegar a tempo para as 12 Horas, que largavam à meia-noite. "Viemos pois nossa família e equipe têm a tradição em Tarumã. Desde 1984, com meu pai (Carlinhos de Andrade), a gente corre todos os anos", lembra Tiel. "Não iam ser uns milhares de quilômetros que iam impedir a gente de manter isso", enfatizou o piloto de Campo Bom.

Depois de conseguir um voo direto, de última hora, agora, a jornada era na pista. Sem ele sequer ter entrado no carro, as dificuldades ficaram maiores. "Com uma hora e meia de prova tivemos uma batida bem forte na curva do Tala Larga. Quando vi a imagem, achei que eu tinha viajado e nem ia pilotar", descreveu.

"Entortou bem a frente do carro e foi aquela maratona nos boxes. Voltamos na madrugada só com dois pontos de luz, a visibilidade bem menor que o ideal", afirmou. O problema, agora, era adaptar a pilotagem para um cockpit totalmente diferente. "Já era complicado para mim, pois o protótipo não tem nada a ver com o carro de rua preparado. E eu estava pilotando na chuva, aqui estava seco", lembrou. "Eu tinha treinado só 15 voltas no carro de turismo. E ali ele estava retinho, bem bom. Quando eu sentei, botei o cinto, estava tudo torto", frisou Tiel.

"Até o amortecedor estava empenado. Mas eu lembrei do Opala do meu pai em 1991, que também teve uma batida de frente", narrou o piloto, sobre a luta nas 12 Horas. "Caiu até o capô, quebrou parabrisa, mas a equipe não desistiu e foi até o final. É esse o espírito", destacou.

O resultado foi um décimo lugar entre os 32 inscritos para a prova. Menos do que o pódio e título do Brasileiro de Endurance, mas ainda assim, um prêmio para a luta da equipe do Celta #5.


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