Mercedes domina com Bottas na pole e Ferrari desaba na Áustria

Mercedes domina com Bottas na pole e Ferrari desaba na Áustria

Saída de pista do finlandês atrapalhou volta final de Hamilton, enquanto Scuderia viu Vettel parar no Q2

Bernardo Bercht

Finlandês foi 12 milésimos mais rápido que o companheiro de equipe

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A Fórmula 1 2020 começa com Valtteri Bottas na pole-position. A Mercedes sobrou e botou meio segundo na concorrência, mas não foi Lewis Hamilton e sim o finlandês que anotou o melhor tempo com 1min02s939. E também começa com a derrocada da Ferrari que amargou a eliminação de Sebastian Vettel ainda no Q2.

Bottas ficou 12 milésimos na frente do companheiro hexacampeão, graças à sua primeira volta no Q3. Na segunda, exagerou e saiu da pista. Só que exatamente ter ido para a grama garantiu sua pole. Hamilton vinha logo atrás e perdeu um mínimo de tempo, exatamente. Ainda recuperou um pouco até o fim da volta, mas faltou a dúzia de milésimos.

Max Verstappen fez o possível com a Red Bull. Avançou do Q2 com pneus médios para tentar uma tática diferente no domingo e cravou o terceiro tempo, mesmo que a uma légua e meio segundo de diferença da Mercedes. A medida do seu esforço é que Alexander Albon, seu colega em quinto, ficou a quatro décimos de segundo.

Lando Norris foi a grande surpresa positiva, colocando a McLaren no mapa com o quarto tempo a seis décimos de Bottas. Quem desapontou depois de roubar as manchetes da sexta-feira, foi a Racing Point. Sérgio Perez ficou em sexto, quase um segundo pior que o primeiro posto.

Onde está a Ferrari, vão perguntar... Charles Leclerc tirou da cartola uma volta em 1min03s9 para ser o sétimo colocado. E se vocês não entenderam isso, foi uma baita performance num carro que só é mais rápido nas retas que a Alfa Romeo. Sebastian Vettel sequer entrou no Q3, que teve o top ten completado com Carlos Sainz na outra McLaren, Lance Stroll de Mercedes rosa e Daniel Ricciardo com a Renault. Ricciardo esperava fazer melhor, mas também foi atrapalhado pela saída de pista de Bottas.

O Q2 é que fez cair de vez a moral da Ferrari, que já não andava com a autoestima muito em dia. Charles Leclerc avanço na bacia das almas em décimo e Sebastian Vettel... Aaaa Sebastian, não rolou. O alemão errou na sua última volta e ficou em décimo primeiro quando Alex Albon acertou sua volta na Red Bull.

Em um ano de desenvolvimento e sem seu truque maroto no motor para dar potência, a Ferrari regrediu quase um segundo no tempo de volta da Áustria. E a motivação do tetracampeão desempregado em 2021 deve ter furado o asfalto de  Spielberg.

Sem maiores surpresas, as duas Toro Rosso vieram na sequência, com Pierre Gasly à frente de Daniil Kvyat. Esteban Ocon deixou a desejar no seu retorno às competições com o 14º lugar, enquanto Romain Grosjean completou a turma do Q2 em 15º. E foi uma baita performance do francês num carro realmente complicado da Haas F1.

Foi ele quem escapuliu por milésimos de segundo do Q1, à frente do companheiro Kevin Magnussen e do inspirado George Russell. O inglês da Williams largará em 17º, mas entrou de vez na luta do pelotão, cortado por meros 70 milésimos no Q1.

Sem o truque do motor Ferrari, A Alfa Romeo sofre com um carro carregado de aerodinâmica. Por isso, Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen ficaram nas duas últimas filas. O italiano à frente do finlandês, que acabou atrapalhado na sua última volta. Nicholas Latifi não teve chance, seis décimos pior que Russell e longe de competir seriamente por melhores posições.


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