Sem complô: Mercedes se perdeu no acerto com novos limites de pressão dos pneus Pirelli

Sem complô: Mercedes se perdeu no acerto com novos limites de pressão dos pneus Pirelli

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As características essenciais do circuito de Cingapura ajudaram bastante a Ferrari, mas o segredo da queda de performance da Mercedes passou muito pela mudança nos limites de pressão dos pneus Pirelli. Para aumentar os "limites de segurança", a fornecedora estabeleceu um protocolo muito mais rígido para a calibragem dos compostos e, sabidamente, a Mercedes era uma das equipes que mais "interpretava o regulamento" no quesito.

No GP da Itália, os critérios ainda eram nebulosos e, com isso, os alemães ainda exploraram os aquecedores de pneu para manter a pressão o mais alta possível antes do carro ir para a pista, garantindo a performance ideal, com menos pressão, quando Lewis Hamilton e Nico Rosberg já estavam no asfalto, de cara para o vento.

Em Cingapura, o cerco fechou e todo o acerto de pista teve de ser desenvolvido em cima de novos dados de temperatura e pressão. Para quem lembra das temporadas de 2010 e 2011, e até mesmo em 2012, as Flechas de Prata sempre foram uma dor de cabeça no quesito desgaste de borracha e encontrar o ponto certo de funcionamento.

A partir daí, os engenheiros desenvolveram vários "truques" mirabolantes para que o comportamento fosse mais homogêneo. Só que para eles funcionarem, a Mercedes precisava de uma amplitude maior de pressões de pneu disponíveis do que a Pirelli permite agora. Resta saber se, para as demais provas do ano, em circuitos menos exigentes que Cingapura, as desvantagem será tão grande quanto foi na corrida em que Rosberg não conseguiu ir além de quarto e onde Hamilton não iria muito melhor. Se virar crise, a Ferrari ainda está viva com Sebastian Vettel para capitalizar.

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