Toyota vence Le Mans com prova impecável de Kobayashi, Conway e Pechito Lopez

Toyota vence Le Mans com prova impecável de Kobayashi, Conway e Pechito Lopez

Japoneses tiveram alguns dramas com acidentes e problemas de combustível, mas fizeram dobradinha nas 24 Horas

Bernardo Bercht

Protótipo japonês foi impecável nas 24 Horas e faturou

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A nova era dos Hypercarros manteve a hegemonia da Toyota nas 24 Horas de Le Mans. Com um pouco de drama, mas muito domínio, os japoneses fizeram dobradinha e quebraram a maldição do carro #7. Depois de vários infortúnios, Kamui Kobayashi finalmente terá um companheiro para seu troféu das 24 Horas de Daytona. O britânico Mike Conway e o argentino José Maria Lopez também chegam à sua primeira e histórica vitória.  O carro #8 formou a dobradinha para os nipônicos com Sebastien Buemi, Kazuki Nakajima e Brendon Hartley, enquanto a Alpine se recuperou de dois acidentes leves para fechar o pódio em terceiro, com o brasileiro André Negrão ao lado dos franceses Nicolas Lapierre e Matheus Vaxivierre.

A zica costumeira do #7 pareceu passar quase toda para a garagem do lado nesta edição de Le Mans. Logo na segunda curva, o bólido de Buemi foi abalroado pelo Glickenhaus de Richard Westbrook. Sob chuva intensa, a corrida começou com diversas rodadas e acidentes. O #7 aproveitou a liderança para disparar com visão limpa, enquanto as confusões reinavam. O experiente Lapierre, que tentava perseguir em segundo, acabou rodando com o Alpine, deixando os dois principais rivais à vitória atrasados no pelotão.

Com mais performance e mantendo as janelas de pit parecidas com a Alpine, a Toyota logo assumiu formação de dobradinha. O time francês tentou de tudo, mas finalizaria a quatro voltas dos líderes. Nas últimas quatro horas um problema de consumo de combustível ainda gerou alguma preocupação para os japoneses, inclusive com o #8 parando na pista e precisando ser reiniciado por Buemi. Mas mesmo fazendo janelas curtas de paradas de box, a Toyota reinou até a bandeirada. Quadriculada que ainda teve um susto. Os LMP2 batalhavam atrás dos dois Toyota que cruzavam em formação e quase atropelaram o cerimonialista!
 
A Glickenhaus - que tinha o brasileiro Pipo Derani e o norte-americano radicado no Rio Grande do Sul Gustavo Menezes -, concretizou o plano de finalizar a corrida com seus dois carros. Apesar de assumir o terceiro posto com o segundo acidente de Vauxivierre, logo perdeu no ritmo e ficou relegada a quarto e quinto lugares.

Disputa bem mais acirrada veio na LMP2, e que por isso com seus 21 carros também colecionou acidentes e infortúnios ao longo da jornada. O time belga WRT tinha tudo para levar uma dobradinha na sua estreia na prova, mas acabou vendo um dos carros sofrer uma quebra dramática nos momentos finais. O polonês Robert Kubica não deu sorte, enquanto seu time com Yifei Ye e Louis Deletraz viu o carro quebrar a duas voltas do fim, na liderança. Robin Frijns, Charles Milesi e Ferdinand Habsburg, então, herdaram a ponta e seguraram a pressão final da JOTA com Stoffel Vandoorne liderando Tom Blonqvist e Sean Gelael. Julien Canal, Will Stevens e James Allen completaram o pódio para a Panis Racing.

Na GTE-Pro, a AF Corse levou sua Ferrari #51 à vitória com Alessandro Pier Guidi, James Calado e Come Ledogar. O trio surgiu para a vitória somente depois de superar o Corvette #63 de Jordan Taylor, Antonio Garcia e Nick Catsburg. Também contaram com a quebra de suspensão da Ferrari #52, que tirou o brasileiro Daniel Serra da contenda por seu tri em Le Mans.

O outro pódio brasileiro acabou vindo na GT-AM, com Felipe Fraga em segundo a bordo do Aston Martin que dividiu com Ben Keating e Dylan Pereira. A vitória foi de outra Ferrari da AF Corse, a #83 de François Perrodo, Nicklas Nielsen e Alessio Rovera. Na mesma categoria, Marcos Gomes sofreu forte acidente no meio da disputa e ficou fora da briga.


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