Três disputam, pelo menos um fica, mas não mais que dois: o futuro dos brasileiros na Fórmula 1

Três disputam, pelo menos um fica, mas não mais que dois: o futuro dos brasileiros na Fórmula 1

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A Fórmula 1 vive um "brado retumbante" de Dom Bernie Ecclestone a favor da manutenção de pilotos do Brasil na categoria. Nos bastidores, o inglês ajuda a mover uma operação de guerra com três cartas na manga em busca de cockpits para 2014: Felipe Massa é o ás, mas Felipe Nasr não é carta fora do baralho e temos um coringa de velha data no jogo, Rubens Barrichello.

O sinal de alerta foi ligado quando Massa anuniou a saída da Ferrari e, a partir daí, a emissora de TV responsável pela categoria no Brasil pela primeira vez viu necessidade de movimentação, mesmo que por influência. Com a fatura esperada de R$ 412 milhões com o esporte, em 2014, ficou na obrigação de dar retorno aos anunciantes e busca "aliados" junto com Bernie para ter representantes da nação, mantendo o tom da sua cobertura, sempre nacionalista.

A principal aposta segue com Massa na McLaren. O brasileiro apalavrou o contrato e o que pode levar para a equipe inglesa, mas tudo depende de pendências burocráticas do mexicano Sérgio Perez. A vaga na equipe está condicionada à McLaren conseguir encerrar seu vínculo com o atual piloto, por conta de problemas com o recebimento do seu patrocínio pessoal através da Telmex de Carlos Slim.

Sem confirmação, os olhos estão cravados na Lotus, onde de acordo com a alemã Automotor und Sport. a verba levantada por Massa e aliados seria de 60% do valor necessário para garantir o cockpit. O chefão Eric Boullier aguarda definições financeiras do próprio time para decidir e não deve anunciar pilotos muito antes do fim da temporada. Outra chance de Massa está na Force India e seria a última pedida num caso extremo, já que não é o desejo dos seus patrocinadores.

Se tudo o mais falhar, de surpresa entrou para as fileiras nosso coringa. "Aposentado" da categoria há dois anos, Barrichello foi contatado pela Sauber a partir de telefonemas do próprio Ecclestone. Conforme Teo José, o brasileiro tem patrocinadores pessoais, mas esses não entrariam necessariamente na negociação com o pequeno, mas honesto time suíço.

O veterano quer um contrato de risco, sem pagamento inicial, mas baseado nos resultados obtidos. As demais despesas dos seus "serviços" seriam bancadas pelos apoiadores que já possui no Brasil. As tratativas de Barrichello, estrategicamente, não colidem com as negociações para garantir Massa.

Por fim, temos Felipe Nasr como terceira força. O jovem proveniente da GP2 chegou a ter lugar praticamente acertado para ano que vem, mas um sequência de provas ruins fez a Toro Rosso descartá-lo a curto prazo. Agora, ele tenta levar seus apoiadores, Embratel e Banco do Brasil, a investir uma soma maior para achar vaga na Caterham ou na própria Sauber, ali sim disputando o lugar com o titio Barrichello.

Estamos assim: teremos um piloto, e três negociam espaço na categoria, mas não mais que dois vão conseguir lugar em 2014.

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