Verstappen vence GP do Brasil antológico e cheio de alternativas
Holandês levou a melhor em duelo com Hamilton, que ainda foi superado pelo inesperado Gasly no fim
publicidade
Max Verstappen venceu uma corrida para a história da Fórmula 1, em Interlagos. A prova teve de tudo, inclusive Lewis Hamilton com um carro destruído batalhando lado a lado com o inesperado Pierra Gasly. O piloto da Toro Rosso chegou em segundo na base da tática e com ajuda dos safety cars. Mas segurou a poderosa Mercedes na sua melhor corrida no Mundial.
Hamilton fecharia o pódio, mas o terceiro lugar ficou com Carlos Sainz da McLaren, depois de largar em último. O britânico acabou punido pela batida no fim com Alex Albon.
A largada teve Hamilton saltando forte e superando Vettel por fora. Verstappen arrancou um pouco pior, mas conseguiu manter a liderança. No meio do pelotão, Charles Leclerc deu show, escalando dez posições nas primeiras voltas.
Começou uma mistura de desabalada perseguição com xadrez tático entre os dois primeiros. A Red Bull era mais rápida nas voltas iniciais, mas a Mercedes conservou mais pneus e, antes da janela para dois pits, Hamilton começou a descontar diferença. Aí, tentou o pulo do gato, antecipando sua parada. O undercut funcionou, e foi ajudado ainda por uma liberação de box equivocada da Williams, que atrapalhou Verstappen.
Só que o holandês veio com tudo, abriu asa móvel e passou. Hamilton também usou a asa e na passagem seguinte deu o troco. Um duelo de gigantes, o futuro e o presente da Fórmula 1. De repente, a Mercedes perdeu um pouco de potência, foi o suficiente para Verstappen liderar e abrir um pouco. O problema, possivelmente eletrônico, foi corrigido e a luta retomada.
LAP 23/71
— Formula 1 (@F1) November 17, 2019
Verstappen bites back! He cuts back past Hamilton at Turn 1#BrazilGP #F1 pic.twitter.com/MryhrIu451
Vettel ensaiou parar uma vez a menos, com pneus médios. Liderou enquanto dava, até que a confiança em acabar a corrida terminou e ele foi aos pits. A briga, então, era entre Charles Leclerc e Valtteri Bottas pelo quarto posto. Bottas não conseguiu passar, apesar dos pneus bem mais novos e acabou tendo problemas mecânicos. Parou na reta oposta e causou um safety car.
Hamilton arriscou ficar na pista e assumir a ponta. Verstappen parou e trocou para borracha macia. Veio a relargada, Hamilton tentou espremer, mas a Red Bull foi melhor na tangência. Verstappen na liderança. O hexacampeão ainda tentou dar o troco na reta oposta, botou por fora, mas faltou pneu para se manter lado a lado.
Mais atrás, Vettel vacilou e foi superado por Alex Albon. O tailandês queria mais e também apertou para cima de Hamilton. As Ferrari chegaram e se embolara. Vettel vacilou ao atacar Albon e Leclerc foi para cima. Passou. Na reta seguinte, as duas Ferrari se tocaram e implodiram suas corrida. Vettel com pneu traseiro furado, Leclerc com a suspensão dianteira quebrada.
LAP 66/71
— Formula 1 (@F1) November 17, 2019
UN. BE. LIEVABLE. #BrazilGP #F1 pic.twitter.com/ONEjAtvaBb
Novo safety car, com três voltas para acabar. Hamilton com os pneus esbagaçados, foi para o box e caiu para quarto. Pierre Gasly assumiu o terceiro lugar, num pódio completo de "Red Bulls". Só que tinha a relargada. Hamilton veio possuído e passou Gasly. Ainda pensando em vencer, o britânico se atirou no bico de pato. Botou lado a lado, mas Albon fechou a porta e bateram. A Toro Rosso recuperou o segundo lugar.
Hamilton, com a frente toda destruída não desistiu. Foi para cima na volta final, buscou de todos os lados. Veio a última curva, a Mercedes ficou por dentro, Gasly tracionou melhor por fora e ambos foram lado a lado rumo à bandeirada. Gasly fechou em segundo para a dobradinha Honda por menos de meio carro. Lá na frente, sem saber de confusão, Verstappen venceu com ímpeto e méritos.
LAP 70/71
— Formula 1 (@F1) November 17, 2019
Hamilton tags Albon and he spins off!
Gasly is through into second#BrazilGP #F1 pic.twitter.com/dy74Kue078
O quarto lugar ficou com Kimi Raikkonen, finalmente voltou aos pontos pela Alfa-Romeo, seguido de Antonio Giovinazzi. O sexto foi o combativo Daniel Ricciardo de Renault, seguido de Hamilton, com Lando Norris em oitavo e Sérgio Perez em nono com a Racing Point. O último ponto ficou com Daniil Kvyat da outra Toro Rosso.