Viature de Course Parte 4 - Peugeot ganha acabamento "racer" e itens de segurança

Viature de Course Parte 4 - Peugeot ganha acabamento "racer" e itens de segurança

Decisões, adaptações, peças raras e complicações para rechear o cockpit do 306

Bernardo Bercht

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O Peugeot Viature de Course está protegido, chassis reforçado, santantônio de corrida pronto para garantir a integridade do piloto. Mas quem protege o santantônio? Pois é, logo depois de terminar as soldas, o preparador André Rheinlander já avisou: "Tem que pintar, senão vai enferrujar tudo isso aí".

Num primeiro momento, a ideia era cinza, como a parte externa do carro. "Não, vai ficar sem graça", ponderou o dono do carro e autor desse projeto pouco sensato, mas muito divertido. "Vai ser branco."

Além do contraste interessante, que permite ver a gaiola de fora com facilidade, entregando o lado "racer" do 306, a tinta clara tem mais uma vantagem. E não é a harmonização do feng-shui, nem a astrologia das cores: fica muito mais difícil esquecer qualquer ferramenta, parafuso ou objeto que possa eventualmente se alojar entre os pedais e causar algum encrenca em alta velocidade.

Tudo bonito, tudo muito bem, mas está meio vazio aqui dentro né? Lembra que tiramos uns 200 quilos de coisas supérfluas, como bancos, painel, acionadores elétricos, direção com airbag? Hora de rechear de novo com os equipamentos de corrida.

A Full Turbos providenciou uma direção esportiva Lotse com dois botões para rádio e algum outro controle eventualmente necessário (ainda não definimos, basicamente). Na hora da fixação, um pouco de suspense. O cubo original não poderia ser aproveitado e ninguém tinha chegado na loja construindo um 306 de corrida. Mas o Marco Patané tem olho cirúrgico, mediu as estrias da direção original e sacou um cubo esportivo de uma caixinha Renault. "Esse é do Renault 19, pode não ter nada a ver, mas acho que vai caber. Vai lá e testa." Testamos e o encaixe foi perfeito.

Providenciamos o banco de competição e a Full Turbos também forneceu os cintos de segurança de corrida, com seis pontos de fixação, pronto para segurar qualquer trancaço. Antes de colocar o banco no carro, porém, mais trabalho para os preparadores. O piloto está mais para Juan Montoya na Nascar do que para atleta Lewis Hamilton na Fórmula 1. Basicamente o formato original do banco ficou estreito.

Bora mandar para o fibreiro, que aumentou as dimensões. De volta à oficina, testamos a ergonomfia já dentro do carro. Uma boa coincidência, a distância e altura para a direção já ficou perfeita na primeira sentada.

Depois dos equipamentos de segurança, começa a instalação elétrica e eletrônica. Essa merece um capítulo à parte, mas ajudou a rechear com um quadro elétrico feito em acrílico, no capricho, acessórios FuelTech, além de um compacto painel de alumínio escovado para substituir o original trambolhudo de plástico.

Muita tensão, choques elétricos e espírito McGyver vêm aí na quinta parte. A instalação da FuelTech FT450.


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