Williams tenta voltar aos pontos na F1 com carro muito atualizado

Williams tenta voltar aos pontos na F1 com carro muito atualizado

FW43B aposta em conceitos bem definidos para entrar a valer na briga do pelotão

Bernardo Bercht

Time trouxe pintura cheia de grafismos e cores retro

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Sob nova direção, buscando rumos melhores. Essa é a filosofia da Williams com um renovado e bastante refinado FW43B. Depois de chegar na turma em 2020, o plano parece bem definido para deixar o fundo do pelotão, com uma aerodinâmica que não arrisca, mas melhora todos os pontos mais primitivos do projeto da temporada anterior.

Na dianteira, o time britânico ainda mantém o conceito do "biquinho" protuberante que marcou a geração de carros, mas todo o contorno do nariz foi refinado, com medidas menores e aletas aerodinâmicas mais complexas. Além de garantir um ar mais limpo para os sempre essenciais defletores atrás das rodas, também deverá produzir mais downforce dianteiro, tirando um pouco a enorme tendência de sair de frente do carro de 2020.

Falando de defletores e pontões laterais, a Williams escolheu um caminho misto, com a estrutura de proteção semicoberta e um pilar vertical que envolve toda a carenagem. O desenho reforça a escolha aerodinâmica mais interessante do FW43B.

Além de passarem pelo regime esperado, e ficarem bem mais compactas, as laterais da Williams foram instaladas como uma rampa bem inclinada na direção do assoalho. O projeto permite aproveitar o ar mais quente dos radiadores para incrementar o fluxo de ar sobre os lados e aumentar a pressão sobre o assoalho. Simples, mas bem eficiente.

Como mexeu nas laterais, a Williams teve que manter as dimensões da cobertura do motor e, por conta disso, é o carro mais gordinho na região da cintura. Também por isso, não apresenta o "calombo" que Mercedes e Aston Martin utilizaram para acomodar seu motor alemão.

Sem tanto espaço para eliminar o ar sujo do difusor, o FW43B adotou um recorte "frisado" nas extremidades do fundo do chassis, reduzindo a turbulência, em busca de ajudar o funcionamento do difusor.

Há grande expectativas, e alguma chance, deste ser o carro que retome alguns pontinhos para os britânicos. George Russell e Nicholas Latifi certamente não veem a hora de abrir seu escore.


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