Museu das Memórias (In)possíveis será lançado no dia 22

Museu das Memórias (In)possíveis será lançado no dia 22

Os psicanalistas Maíra Brum Rieck e Edson Luiz André de Sousa são os coordenadores do trabalho

Correio do Povo

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O Museu das Memórias (In)Possíveis será inaugurado no dia 22 de maio durante a 19ª Semana Nacional de Museus em uma live aberta ao público e com a participação de profissionais de diferentes áreas envolvidos em sua criação. Os psicanalistas Maíra Brum Rieck, idealizadora do museu, e Edson Luiz André de Sousa  são os coordenadores deste trabalho fundado a partir da ética psicanalítica, que busca construir um lugar de memória para as muitas vidas que correm nas margens das cidades, nas margens da História. Primeiro museu virtual do Brasil com plano museológico, busca inscrever histórias e narrativas, acolhendo as produções de sujeitos cujos lugares discursivos estão fragilizados nos laços sociais. Essa inscrição se faz na forma de objetos produzidos, que falam sobre esses sujeitos. Reúne histórias de violência e de violações de direitos humanos. Mas também traz histórias de construções e de resistências.

O Museu das Memórias (In)Possíveis do Instituto APPOA - clínica, intervenção e pesquisa em psicanálise é um museu virtual que musealiza objetos de qualquer ordem: fotografias, sonhos, testemunhos, objetos que viabilizam a inscrição, no espaço público, de memórias subterrâneas e de memórias difíceis. ⁣O ()Possível com “N” não é por acaso, já que a palavra "impossível" (com M) não diz tudo o que seus coordenadores  gostariam de transmitir. Então se fez necessário inventar outra palavra, uma que não existe no dicionário, mas que introduz a ideia moebiana de possível e de impossível ao mesmo tempo. Quando tirado o M e colocado o N, foi introduzido dentro desse binário possível-impossível o ()consciente, o ()dizível. Com isso, tornou-se possível enfatizar não o que está em plena luz do dia do nosso tempo, mas as sombras ao redor.

Acervo          

Em sua fase inaugural, O Museu das Memórias (In)Possíveis irá disponibilizar no seu site https://museu.appoa.org.br/site/ as exposições Belo Monte: violência e etnocídio, do fotógrafo Lilo Clareto,, que mostra a construção da Usina de Belo Monte e suas consequências para região,  e (In)finitas Repetições, da terapeuta ocupacional Márcia Sottili, que durante muitos anos recebeu o trabalho de Ademir, um homem que dobrava papéis. E, ainda, um teaser sobre o museu. Na sequência, o público poderá ver a exposição Quando um livro se torna álbum de família, do fotógrafo Luiz Eduardo Robinson Achutti. A mostra reúne registros da primeira experiência no Brasil de coleta seletiva de lixo, realizada na Vila Dique. Imagens da Vila Chocolatão, feitas pelas psicanalistas Luciane Susin e Marisa Warpechowski, também irão integrar o acervo. Elas revelam a vida dos moradores do local antes e durante sua remoção do centro da cidade para a zona nordeste de Porto Alegre, há exatos 10 anos.

No  Cd Minha Longa Milonga, o músico Cláudio Levitan, descendente de lituanos, faz o relato musical do massacre de dois mil judeus, em abril de 1941, na pequena cidade de Keidânia.  Este trabalho recebeu o reconhecimento da Unesco pelo respeito à diversidade, à tolerância e ao diálogo cultural.  O museu ainda irá compartilhar com o público mais de um mil sonhos sonhados durante a pandemia, coletados pelo projeto Inventário dos Sonhos.

Serviço

Lançamento: 22 de maio (sábado)

Horário: 10h

Transmissão e inscrições gratuitas: Plataforma

Sympla  https://www.sympla.com.br/lancamento-do-museu-das-memorias-inpossiveis__1196418

Coordenação: psicanalistas Maíra Brum Rieck e Edson Luiz André de Sousa

Realização: Instituto APPOA - clínica, intervenção e pesquisa em psicanálise (Porto Alegre/RS)

 

 

 


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