O romantismo clássico de Maurício Manieri

O romantismo clássico de Maurício Manieri

Durante duas horas em três sessões, cantor, compositor e pianista paulista fez o público se enamorar de canções clássicas e autorais

Luiz Gonzaga Lopes

Maurício Manieri cantou sucessos românticos como "Easy", "Home" e "Angel" e músicas autorais

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A passagem de Mauricio Manieri pela capital gaúcha para celebrar o Dia dos Namorados foi um acontecimento de muita emoção e de constatação que o público está carente de apresentações ao vivo e de romantismo (haja visto teatros e auditórios lotados desde o fim do ano passado). Durante duas horas, Manieri provoca nas pessoas a sensação que pode ser brega para uns, mas integra a essência de outros. A voz marcante, grave e rouca de Manieri no show “Classics - Dia dos Namorados” com três sessões lotadas no Teatro do Bourbon Country, na quinta e na sexta, acompanhada dos seus trejeitos, danças, caras e bocas de quem ama e emociona, fizeram o público ir à beira da histeria. Algumas fãs ainda dançaram algumas músicas com ele, fazendo a emoção aflorar ainda mais. 


A fileira de canções que romantizam e embalam foi imensa. A começar pela música que é um dos símbolos do concerto, “Classic”, de Adrian Gurvitz, das que a gente para tudo para ouvir quando roda em uma rádio Antena 1 ou Continental. Mas não para por aí. “Easy”, de Lionel Richie, do tempo de Commodores, e também dele a dançante “All Night Long” ; “Home”, de Michael Bublé; “Love Is In The Air”, de John Paul Young, “A Little Respect”, do Erasure, “Take a Look at Me Now”, do Phil Collins e “Angel”, de Jon Secada e Miguel Morejon, entremeadas com clássicos nacionais como “Falando Sério”, de Roberto Carlos, “Que Pena”, de Luiz Carlos, do Raça Negra e as autorais “Minha Menina”, “Bem Querer” e “Se Quer Saber”. 

E para falar do quão bom foi o show, basta falar que Manieri se comunicou muito com o público, tocou piano, dançou, distribuiu rosas, elogiou o seu empresário e diretor artístico Matheus Possebon, da Opus Entretenimento e brincou muito com a sua competente banda, todos sorrindo muito, mostrando o prazer de estar no palco, principalmente Fábio Teixeira (guitarra), Coringa (saxofones), Fabrício Miguel (baixo), Nando Marques (bateria), Davi Jardim (Teclado), além do naipe de metais e do quarteto de cordas e das vocalistas, as irmãs Kenia e Quinarah Vizeu, um espetáculo vocal à parte. Dito isto, posso dizer que todos saíram enamorados do show, mesmo aqueles que não acreditam muito no amor, como eu (risos!). 


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