Prepare-se para voar

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"Top Gun - Maverick" reverencia o original, mas se atualiza nas questões tecnológicas

Adriana Androvandi

Tom Cruise retorna como ao papel do piloto ousado Pete 'Maverick' Mitchell

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Um dos mais aguardados filmes de 2022 chegou nesta semana aos cinemas, “Top Gun - Maverick”. Após 36 anos do clássico “Top Gun - Ases Indomáveis”, a continuação reverencia o original, mas se atualiza especialmente nas questões tecnológicas. Com direção de Joseph Kosinski, Maverick (Tom Cruise), que no primeiro filme era um novato na aviação de elite da Marinha dos Estados Unidos, agora se torna um instrutor. 
O primeiro filme marcou a história do cinema pelas suas cenas aéreas com caças militares, dando ao espectador a sensação de estar dentro da cabine com os pilotos. Com a tecnologia atual, esta sensação é aprimorada. Caso alguém não tenha assistido ao primeiro, não é necessário correr para vê-lo ou revê-lo (ainda que seja indicado) para fruir a nova aventura. Isso porque nesta estreia são tantas as referências ao primeiro, até com cenas de 1986 como flashbacks, que mesmo quem não o assistiu irá entendê-lo. O mais importante é saber que Maverick perdeu seu colega de voo, Goose (Anthony Edwars), no primeiro longa-metragem e se culpa por isso até hoje, mesmo que uma perícia o tenha inocentado. A questão que se apresenta agora é que na turma de novatos que ele precisa orientar está o filho (Miles Teller) do seu amigo.
A questão nostálgica é uma aposta que tem tudo para dar certo. A música instrumental “Top Gun Anthem”, de Harold Faltermeyer e Steve Stevens (com seu solo de guitarra inesquecível) está novamente na trilha. Um dos pontos altos do filme é a participação de Val Kilmer. No primeiro filme, ele, em seu auge físico, interpretava o piloto Tom Kazanski, o “Iceman”, que rivalizava com Maverick para ser o melhor da turma. A competição termina em amizade. Cruise fez questão de que Kilmer participasse do novo longa. Mas Kilmer está debilitado devido à sua luta contra um câncer na garganta, com dificuldade para falar. Mas será possível ouvir a voz antiga de Kilmer. A produção conseguiu mixar gravações passadas do ator para montar um diálogo atual. Outra homenagem está nos créditos: ao diretor do original, Tony Scott, que morreu em 2012.

 

 


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