"Rebirth foi a minha consagração como músico"

"Rebirth foi a minha consagração como músico"

Baixista do Angra fala sobre os 21 anos do clássico disco e sobre o show no dia 25 de junho

Chico Izidro

Felipe Andreoli: "‘Rebirth' foi um disco marcante para a história da banda, com muitas transformações, descobertas. Viver este período será especial para nós e os fãs"

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Uma das principais bandas de Heavy Metal do Brasil, o Angra, se apresenta no próximo sábado, dia 25, no Opinião, em sua turnê “Rebirth 20th Anniversary”, em comemoração aos 20 anos de seu quarto álbum, “Rebirth” (2001), completados no ano passado. As bandas gaúchas Mortticia e Rage in My Eyes farão os shows de abertura. A casa abre suas portas às 18h, e todos os ingressos estão esgotados. O disco “Rebirth” foi o sucessor de “Fireworks”, vendendo mais de 100 mil cópias em menos de dois meses, em um período que a banda passava por uma intensa reformulação, com a saída de vários integrantes, como por exemplo o vocalista Andre Matos (1971 - 2019). 
“O disco de 2001 representa minha consagração como músico profissional”, disse Felipe Andreoli, baixista e backing vocal e que entrou na banda em 2000. “Eu entrei no Angra muito jovem. Tinha apenas 20 anos e logo já gravei o Rebirth com 21 anos”, lembrou o músico. “Bom, pensei, vou trancar a faculdade e vou seguir a carreira musical. E não foi só isso, foi poder seguir em um estilo de música que gosto, que sempre escutei. Me sinto muito afortunado”, ressaltou o músico, integrante do Angra, ao lado dos guitarristas Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa, do vocalista italiano Fabio Lione e do baterista Bruno Valverde. “Lembro de todo o processo de gravação do Rebirth, da produção das músicas, das gravações, do lançamento do disco, das turnês, das pessoas que conheci ao redor do mundo. Então é um momento muito especial em minha vida”, comemora.
Andreoli disse que a expectativa para o show é forte. “A expectativa é muito grande. Rebirth foi um disco muito marcante para a história da banda, com muitas transformações, descobertas. E viver este período será muito especial, para nós e para os fãs. Muitos passaram a conhecer a banda naquele momento e começaram a acompanhar o nosso trabalho. Estas músicas marcaram as vidas deles, as adolescências deles”, destacou Andreoli, que elogiou os seguidores do Angra. “O público é a grande razão do que a gente faz. Temos fãs engajados, que se preocupam com a gente, que conhecem as músicas a fundo e tem estas músicas como trilha sonora da vida deles. Então nossa relação é uma relação muito legal e sempre procuramos levar em consideração a vontade do fã. Sempre lembramos deles e o que achamos que eles gostariam”, contou. 
A banda chega em momento excelente, depois de passado o pior da pandemia, onde os seus integrantes puderam cuidar de seus interesses pessoais. “Na pandemia, houve uma série de assuntos internos para serem resolvidos, em relação a questões burocráticas, como a questão de nosso catálogo musical, por exemplo” revelou. “Agora, o momento que vivemos é excelente. Todo mundo mais maduro. A convivência é uma arte, são necessários desafios, como estar num ônibus para uma tour, e passar um mês com estas pessoas, convivendo. Então é necessário sim, um alto grau de respeito. São pequenas coisas para aprender no dia a dia, respeitar o espaço dos outros”, disse. “A gente se diverte, estando junto e convivendo, e isso fica claro nos vídeos que postamos em nosso canal no YouTube”, afirmou. 
Andreoli revela não conhecer as bandas gaúchas que abrirão o show. “Não conheço a Mortticia e a Rage in My Eyes. Mas espero conhecer, e se tiver tempo, assistir uma parte do show deles”, garantiu, afirmando que o Rock é imortal. “O Rock nunca vai deixar de existir, nunca vai morrer. Ele é cíclico. Tem épocas em que está mais confinado ao underground, tem épocas que se destaca. Muitas bandas irão parar, mas outras vão surgir, esta transformação é normal. E eu não tenho medo destas mudanças”, disparou. 
“O Rock não é moda, é um estilo de vida. A pessoa não deixa de ouvir Rock porque está fora de moda. Nossa cultura é muito forte, do pai que mostra as bandas para o filho, do amigo que mostra seus grupos para outros amigos. Foi assim que conheci e me apaixonei pelo Rock”, analisou. “Honestamente não estou preocupado se está ou não no mainstream. O fã de Rock é fiel, ele vai a shows, adquire os produtos. E é isso que importa”, completa. 


Correio do Povo
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