Ministro da Justiça recebe R$ 4 milhões de empresa alvo de operação da PF
Alexandre Moraes informou que recebeu pagamentos "lícitos" e que não pode explicar serviços por "cláusula de confidencialidade"
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As evidências, conforme a matéria da Folha, foram encontradas sobre a mesa de um dos executivos da JHSF, em 16 de agosto. Na planilha, estaria impresso o nome "Alexandre Moraes", além de valores e as siglas, PT e PSDB. Nos campos associados a Moraes, foi escrita a palavra Parkbem, empresa de estacionamentos da JHSF.
O proprietário da companhia, José Auriemo Neto, segundo a Folha, confirmou que a referência era ao ministro da Justiça. O STF foi informado da necessidade de abertura de inquérito, mas o ministro Luiz Fux decidiu arquivar "liminarmente" o pedido monocraticamente, segundo a reportagem.
Moraes respondeu, em nota oficial, que não pode explicar os serviços prestados à JHSF por "cláusula de confidencialidade". "Durante esse período, houve vários contratos de prestação de serviços advocatícios com o pagamento de honorários e emissão das respectivas notas fiscais, devidamente registrados pelo escritório e pela empresa", disse. Segundo a assessoria do ministro, nesse período ele não exercia cargo público.