Segurança de Nova Iorque é exemplo a ser seguido

Segurança de Nova Iorque é exemplo a ser seguido

A cidade conta hoje com 35 mil policiais, mais do que o dobro de policiais militares que tem hoje o RS

Guilherme Baumhardt, direto de Nova Iorque

Cada viatura conta com um tablet com acesso rápido à internet e todos os policiais carregam um smartphone ligado ao banco de dados da segurança

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Nova Iorque, especialmente durante a gestão do ex-prefeito Rudolph Giuliani, ganhou destaque mundial por ter se tornado uma cidade reconhecidamente segura. De um cenário de violência absoluta, com assassinatos, estupros e tráfico de drogas, passou a ser modelo a ser seguido, a partir da política de tolerância zero (“broken windows”).

Isso não acontece da noite para o dia e demanda alto grau de investimento, além de uma mudança cultural. No que diz respeito à polícia, a cidade, que tem aproximadamente 8 milhões de habitantes, conta hoje com 35 mil policiais, mais do que o dobro de policiais militares que tem hoje o RS (importante lembrar que nos Estados Unidos não há divisão entre polícia militar e civil).

Além disso, o investimento em tecnologia ajuda e muito. São mais de 50 mil câmeras de monitoramento. Cada viatura conta com um tablet com acesso rápido à internet e todos os policiais carregam um smartphone ligado ao banco de dados da segurança. Quando acionado para uma ocorrência, ele já tem o histórico do endereço na palma da mão, do número de chamados nos últimos anos até o perfil de cada uma delas. Ou seja: o policial já chega sabendo se vai se deparar com um caso de distúrbio na vizinha ou se vai encontrar do outro lado da porta um sujeito que já foi condenado por crimes graves.

As autoridades de segurança ainda não têm um diagnóstico sobre o impacto da liberação do consumo de maconha em 2021 na criminalidade da cidade.

Aviso decorativo
Em vários locais em Nova Iorque o visitante se depara com um cartaz como o da foto (“maiores de cinco anos devem mostrar o comprovante vacinal”). Lojas, restaurantes, espaços fechados. O aviso diz uma coisa. Na prática, porém, são raros os casos em que o documento é exigido. A vida real e objetiva atropela a burocracia criada em gabinetes.

Foto: Guilherme Baumhardt


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