A conta virá no curto prazo

A conta virá no curto prazo

Bandeiras pretas saem de cena, mas cenário segue grave

TALINE OPPITZ

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Após a estreia de bandeiras pretas, de altíssimo risco de contágio, no mapa de Distanciamento Controlado, inclusive no definitivo, anunciado segunda-feira passada, o Rio Grande do Sul voltou a ficar tingido de vermelho, que representa alto risco. Apenas a região de Guaíba está classificada em laranja segundo a manifestação de ontem do Executivo. Na última terça-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) publicou novo decreto que gerou críticas e controvérsias.

Mesmo com duas regiões em bandeira preta, naquele momento, restrição máxima prevista pelo modelo de Distanciamento Controlado, significando que tanto a capacidade hospitalar quanto o contágio da doença alcançaram níveis críticos, a publicação do governo trouxe flexibilizações. Entre elas, o retorno da cogestão, que havia sido suspensa, e que permite que prefeitos, desde que em acordo com os demais municípios que integram a região, adotem medidas mais flexíveis do que as determinadas pelo Piratini.

Outro recuo se deu em relação ao acesso e forma de uso da orla, antes bem mais restritos. As medidas foram aplaudidas por entidades empresariais e vistas com cautela e críticas pela Famurs, que representa os prefeitos de todo o Estado. Um dos principais dilemas era justamente o de impor mais restrições, em função do agravamento no cenário da pandemia, justamente no período das compras e festas de Natal e Ano Novo, aliadas às férias. O novo dilema e a conta cobrada pela Covid-19 certamente virão, provavelmente em janeiro, após as comemorações. 


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