Após projeto, prefeitura de Porto Alegre fará experiência com linhas sem cobradores

Após projeto, prefeitura de Porto Alegre fará experiência com linhas sem cobradores

Projeto que prevê a extinção gradual da função de cobrador é tema de audiência pública na Câmara

Taline Oppitz

A expectativa do secretário de Mobilidade Urbana é de que as discussões sobre tema avancem após audiência pública

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A Câmara de Porto Alegre realiza nesta quinta-feira, às 19h, audiência pública para discutir o projeto da prefeitura que institui a extinção gradual da função de cobrador. A reunião ocorre à noite, mas o dia será marcado por atos organizados por sindicatos da categoria. Segundo o secretário de Mobilidade, Luiz Fernando Záchia, o governo organizou plano B para que os passageiros não sejam prejudicados. A expectativa é de que a adesão fique praticamente restrita a servidores da Carris, já que as empresas privadas, em função da redução de custos, têm interesse na aprovação da proposta.

Após a audiência, a expectativa é de que as discussões sobre o texto avancem no Legislativo. “O tema precisa ser enfrentado, mas faremos com muito diálogo com todos os envolvidos”, disse o secretário à coluna. A proposta prevê a extinção total dos cargos de cobrador até 2026, mas antes disso, com a aprovação do texto, uma experiência deve ser colocada em prática. Algumas linhas da Carris irão circular, em horários específicos, sem cobradores. Nestes casos, haverá a redução de R$ 0,72 na passagem para os usuários, valor relativo aos custos para a manutenção dos funcionários.

Atualmente a passagem de ônibus custa R$ 4,80. Na prática, Melo buscará mostrar para a população como seria o sistema de transporte, sem a atuação dos cobradores. A intenção original era a de adotar a iniciativa, inédita, em breve, mas a prefeitura está legalmente impedida devido à legislação em vigência, que trata da composição mínima da tripulação nos coletivos da capital gaúcha. A regra será revogada com a aprovação do projeto em tramitação na Câmara. Hoje, há 2,6 mil cobradores da Capital. Segundo Záchia, no país, 63 cidades têm seus ônibus circulando sem cobradores. Em Goiânia, a atuação dos trabalhadores foi extinta há mais de 20 anos.


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