Articulações nacionais ainda sem efeito no MDB gaúcho

Articulações nacionais ainda sem efeito no MDB gaúcho

Cúpula do partido negocia apoio do PSDB, que reivindica cabeça de chapa no RS

Taline Oppitz

Para apoiar Leite, o MDB teria de desistir da cabeça de chapa. Atualmente, Gabriel Souza é o pré-candidato do partido.

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A avaliação de ala de lideranças do MDB gaúcho é a de que, até agora, a articulação do partido nacional no Rio Grande do Sul pariu um rato. “Ninguém falou com ninguém nem houve uma manifestação favorável sequer. Então, ou o MDB está entendendo que o PSDB blefa quando exige o recuo no Estado ou o MDB não está preocupado em perder o apoio do PSDB”, disse um emedebista à coluna. As negociações nacionais envolvem a indicação de um tucano como vice da pré-candidata do MDB ao Planalto, senadora Simone Tebet. O nome mais cotado no momento é o de Tasso Jereissati.

Para tanto, o PSDB reivindica o apoio do MDB no Mato Grosso, Pernambuco, e Rio Grande do Sul. A situação em solo gaúcho, na prática, é a que de fato interessa. Após sair de cena como alternativa nacional, Eduardo Leite, que renunciou ao mandato, se tornou a principal aposta da cúpula tucana para disputar o Piratini. A empolgação se deve a pesquisas de intenções de voto indicando que Leite seria, atualmente, o único capaz de vencer o pré-candidato do PL, Onyx Lorenzoni.

Eleições, no entanto, são caixinhas de surpresa e o resultado definitivo somente ocorre nas urnas, com o protagonismo do eleitorado. O fato de Leite ter, desde a campanha na qual foi eleito, e durante todo o seu governo, sustentado que não concorreria à reeleição, será amplamente explorado por adversários na corrida ao Piratini. Entre eles, ex-aliados, que ajudaram em reformas difíceis e esperavam reciprocidade na disputa deste ano. 


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