Articulações nacionais ainda sem efeito no MDB gaúcho
Cúpula do partido negocia apoio do PSDB, que reivindica cabeça de chapa no RS
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A avaliação de ala de lideranças do MDB gaúcho é a de que, até agora, a articulação do partido nacional no Rio Grande do Sul pariu um rato. “Ninguém falou com ninguém nem houve uma manifestação favorável sequer. Então, ou o MDB está entendendo que o PSDB blefa quando exige o recuo no Estado ou o MDB não está preocupado em perder o apoio do PSDB”, disse um emedebista à coluna. As negociações nacionais envolvem a indicação de um tucano como vice da pré-candidata do MDB ao Planalto, senadora Simone Tebet. O nome mais cotado no momento é o de Tasso Jereissati.
Para tanto, o PSDB reivindica o apoio do MDB no Mato Grosso, Pernambuco, e Rio Grande do Sul. A situação em solo gaúcho, na prática, é a que de fato interessa. Após sair de cena como alternativa nacional, Eduardo Leite, que renunciou ao mandato, se tornou a principal aposta da cúpula tucana para disputar o Piratini. A empolgação se deve a pesquisas de intenções de voto indicando que Leite seria, atualmente, o único capaz de vencer o pré-candidato do PL, Onyx Lorenzoni.
Eleições, no entanto, são caixinhas de surpresa e o resultado definitivo somente ocorre nas urnas, com o protagonismo do eleitorado. O fato de Leite ter, desde a campanha na qual foi eleito, e durante todo o seu governo, sustentado que não concorreria à reeleição, será amplamente explorado por adversários na corrida ao Piratini. Entre eles, ex-aliados, que ajudaram em reformas difíceis e esperavam reciprocidade na disputa deste ano.