Atuação de Moraes no TSE ganha novos contornos

Atuação de Moraes no TSE ganha novos contornos

Presidente da Corte garantiu aos representantes da OTE eleições limpas e seguras, mas suas investidas têm gerado controvérsias

Taline Oppitz

Presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tem sido alvo de críticas

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Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes se reuniu virtualmente nesta semana com 56 representantes da Comissão de Transparência das Eleições e do Observatório de Transparência Eleitoral (OTE). Durante a conversa, Moraes garantiu que “nos próximos dias 2 e 30 de outubro, as eleições serão limpas, seguras, ordeiras e transparentes”.

Na mesma data da reunião, na última segunda-feira, porém, um grupo de delegados aposentados da Polícia Federal solicitou que a Procuradoria-Geral da República investigue o ministro, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), por abuso de autoridade. O pedido foi embasado na ação policial autorizada por Alexandre de Moraes, às vésperas do 7 de setembro, contra um grupo de empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) por troca de mensagens consideradas antidemocráticas em um grupo no WhatsApp. Não é novidade para ninguém que acompanha os cenários político e institucional no Brasil, a tensão e a queda de braço que marcam as relação do STF e do TSE com o Planalto e com Bolsonaro, pessoalmente. Mas investidas do ministro Alexandre de Moraes têm gerado controvérsias e ganhado novos contornos, inclusive internacionalmente.

Não por acaso, também na segunda-feira, o jornal The New York Times, o maior dos EUA e classificado com tendências à esquerda, publicou artigo questionando o avanço do STF para além de suas atribuições legais, com o título: “Para defender a democracia, a Suprema Corte do Brasil está indo longe demais?”.


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