Auxílio para mobilidade urbana é pouco provável

Auxílio para mobilidade urbana é pouco provável

Proposta da Granpal prevê a criação de um fundo com recursos dos governos federal e estadual para bancar novo um sistema de transporte

Taline Oppitz

Presidente da Granpal, prefeito Sebastião Melo apresentou a alternativa ao chefe da Casa Civil, Artur Lemos

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Em busca de alternativas para fazer frente à crise do setor de transporte coletivo e metropolitano, prefeitos da Granpal se reuniram com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos. A ideia é a criação do Fundo de Financiamento de Mobilidade, com valores oriundos de impostos e também de participação do Estado e da União. “Faremos uma grande comitiva para acampar em Brasília e tentar convencer o governo federal de que ele é parte deste processo. O Estado também não pode se ausentar na participação do fundo, assim como os municípios, que deverão entrar com uma parcela”, afirmou o presidente da Granpal, prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).

Em outra frente, o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato, irá liderar um fórum envolvendo secretários de transporte para buscar soluções. Ao falar sobre mobilidade urbana, o prefeito reiterou o desejo de ver a criação de um fundo com participação dos governos federal e estadual para bancar a implantação de um novo sistema de transporte. O chefe da Casa Civil destacou que o governo apoia a mobilização, mas afirmou que a situação fiscal do Estado não permite atender algumas reivindicações da Granpal, como a redução do ICMS do combustível para o transporte público. “Não temos margem para dar benefícios e diminuir impostos. É uma lógica que não fecha e apenas onera o cidadão, por melhor que possa parecer a intenção”, disse Lemos. Uma agenda para tratar do tema, em Brasília, será construída nas próximas semanas.

A pauta envolvendo a atuação da União e de estados no transporte coletivo é antiga, mas tanto o Planalto quanto os governadores resistem em abrir mão de recursos. O clima, neste momento, fica ainda mais complexo devido ao impacto da pandemia nas contas públicas e da proximidade com o calendário eleitoral, que vem tensionando os ânimos que há meses já estão alterados. 

 


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