Aval do PSB nacional amplia desafio de aliança no RS

Aval do PSB nacional amplia desafio de aliança no RS

Beto Albuquerque, pré-candidato ao Piratini, deve manter conversas com PT e PDT

Taline Oppitz

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O cenário ainda pode mudar, mas o indicativo é o de que mais uma pá de cal foi colocada nas pretensões do PT de reforçar a aliança em torno da pré-candidatura de Edegar Pretto ao Piratini. PT, PCdoB e PV estão unidos em federação. O PSB não integra o grupo, mas apoia Lula nacionalmente. O aval da cúpula nacional do PSB à pré-candidatura de Beto Albuquerque, dado em reunião na segunda-feira, em Brasília, terá impacto nas negociações por aqui.

Lideranças de partidos que consideram o PSB um aliado em potencial, caso do PT gaúcho, não esperavam este desfecho. Pelo contrário. A bênção dos caciques socialistas, no entanto, não representa o fim dos desafios para Beto Albuquerque. Com a resistência do PT em abrir mão da cabeça de chapa ao Piratini, o que aliás, já é uma praxe, o PSB tem raras opções para ampliar sua aliança.

Beto afirmou que manterá as conversas com o PT e com o PDT, que lançou Vieira da Cunha ao Piratini. Um palanque em solo gaúcho é considerado estratégico para o presidenciável Ciro Gomes. Sobre o fato de o PSB apoiar Lula nacionalmente, o que impediria garantir palanque para o trabalhista por aqui, Beto ponderou que já há estados em palanques duplos foram construídos. “Isto é totalmente possível no Rio Grande do Sul. Os arranjos locais viabilizam a situação. O que não há possibilidade de ocorrer é a inflexão em relação a minha candidatura ao Piratini”, disse, em entrevista ao programa "Esfera Pública" da Rádio Guaíba. Apesar de afirmar que as negociações com o PT seguirão, Beto aponta que a tradição petista, de sempre ser o protagonista em detrimento de aliados, é um grande obstáculo. 


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