Crise no transporte coletivo segue e janeiro está ai

Crise no transporte coletivo segue e janeiro está ai

TCE negou pedido de Melo de inspeção nas empresas do transporte coletivo

Taline Oppitz

Este ano, por decisão política, valor da tarifa foi estipulado em R$ 4,80

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A negativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao pedido da prefeitura de Porto Alegre, para que seja realizada inspeção nas empresas do transporte coletivo da Capital colocou mais uma vez a Corte e o Executivo em conflito. A prefeitura solicitou auditoria, fiscalização e avaliação no período de 2016 a 2021 no serviço de transporte. O tribunal, por sua vez, sustentou que já há auditoria em andamento e que a prefeitura e a EPTC precisam fazer sua parte. Além de recorrer da decisão ao pleno da Corte, o prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou à coluna que solicitará espaço para realizar defesa oral do pedido pessoalmente.

O preço da tarifa técnica neste ano foi estabelecido em R$ 5,20, mas por decisão política do prefeito, que tem esta prerrogativa, o valor foi estipulado em R$ 4,80. O setor do transporte, que já enfrentava problemas, como a concorrência com aplicativos, foi um dos mais atingidos pela pandemia e chegou a perder, em um dos momentos mais delicados, cerca de 60% de usuários. A questão se tornou um dos principais problemas para agentes públicos de todo o país, que buscam alternativas para viabilizar o setor.

Apesar de Melo ter enviado um pacote do Transporte Coletivo para análise da Câmara, e de projetos como a privatização da Carris e o fim gradual dos cobradores já terem sido aprovados, as iniciativas não são suficientes para fazerem frente ao tamanho do problema, que ganha novas dimensões com os sucessivos aumentos dos combustíveis. E janeiro de 2022, quando deve ocorrer o novo reajuste da tarifa, está chegando a galope. 


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