Decreto de flexibilização fica para semana que vem
Texto vinculará liberação de eventos apenas em municípios que tenham retomado as aulas presenciais
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O novo decreto do governo do Estado flexibilizando eventos de maior porte no Rio Grande do Sul, originalmente anunciado para este semana, deve ficar para a próxima. O texto, ainda em elaboração, vem gerando polêmica e críticas de entidades como a Famurs, devido à vinculação, anunciada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), da liberação apenas em municípios que tenham retomado as aulas presenciais. Sem recursos em relação ao mapa parcial do Distanciamento Controlado, o definitivo, anunciado ontem, seguiu inalterado, com apenas a região de Santa Maria classificada em vermelho, com alto risco de contágio.
Na mesma data, o Executivo divulgou estudo apontando que, além de estar entre as menores taxas do país em mortes por Covid-19 para cada grupo de 100 mil habitantes, o Rio Grande do Sul segue registrando o índice mais baixo do chamado "excesso de óbitos". O termo significa o número falecimentos por outras causas, superior ao esperado desde o início da pandemia. O Estado ficou em 2,2%, enquanto no Brasil o percentual é de 22,4%, dez vez mais alto. Na prática, representa que, mesmo com as mais de 4,7 mil mortes provocadas pela Covid-19, a estimativa é a de que o Estado teve 826 perdas além das projetadas para o período. No cenário nacional, o excesso de óbitos ultrapassa 118 mil casos.
Para a coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, o comportamento do "excesso de óbitos" no Estado evidencia resultados positivos. “No início da pandemia, o grande desafio era achatar a curva de novos casos da doença para que fosse possível avançar na estrutura de atendimento da saúde. Chegar no estágio atual e ver que nenhum paciente ficou sem atendimento em leito de UTI mostra que o Estado preservou vidas ao máximo e cuidou bem das demais doenças”, disse.