Dia de turbulências e reveses

Dia de turbulências e reveses

Leite e Doria renunciam, mas crise tucana permanece

Taline Oppitz

Leite cumpriu suas últimas agendas como governador. Ao seu lado, a secretária de Saúde Arita Bergmann

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A quinta-feira foi marcada por turbilhão político envolvendo o cenário da sucessão presidencial. O dia começou com a informação de que o governador de São Paulo, João Doria, que venceu Eduardo Leite nas prévias do PSDB, havia recuado de disputar o Planalto, permaneceria no comando do governo até o fim de seu mandato e deixaria o partido. O movimento de Doria, deflagrado pela consciência de que seu tapete estava prestes a ser puxado, “esnucou” a cúpula tucana. Isto porque, em seguida, seu vice, Rodrigo Garcia, avisou que não iria concorrer à sucessão de Doria caso ele permanecesse no cargo de governador.

As articulações pressionaram os caciques do PSDB, que acabaram obrigados a divulgar nota sustentando que o resultado das prévias estava mantido, seria respeitado, e que Doria é o pré-candidato do partido ao Planalto. Traduzindo, a sucessão pela administração de São Paulo pesou e foi priorizada, pelo menos por ora. Após a divulgação do texto, se passaram algumas horas de incógnita. O próprio Leite se manifestou sustentando o resultado das prévias. Doria, então, deu um passo atrás e renunciou à gestão paulista, ficando livre para permanecer no páreo da sucessão presidencial.

Os desdobramentos do episódio, no entanto, não param por aqui. Mais capítulos virão pela frente. Paralelamente à crise tucana, o ex-juiz Sérgio Moro trocou o Podemos pelo União Brasil e anunciou sua desistência de concorrer ao governo federal. A ideia, por ora, é a de que ele venha a compor majoritária como vice. Enquanto isto, no Rio Grande do Sul, Leite cumpriu suas últimas agendas como governador (na foto, com sorriso estampado está com a secretária de Saúde, Arita Bergmann) e renunciou ao Piratini, que será administrado pelo agora titular, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). 


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