Dilema do MDB na eleição do RS será decidido no voto

Dilema do MDB na eleição do RS será decidido no voto

Em reunião no dia 10, os 72 integrantes do diretório deverão decidir se apoiam Leite ou mantém candidatura própria

Taline Oppitz

Na tarde desta segunda-feira, líderes do PSDB e do MDB se reuniram para tratar de possível aliança

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Um novo encontro com o MDB, a pedido do pré-candidato do PSDB ao governo, Eduardo Leite, ocorreu nesta segunda-feira. Os tucanos no Estado, com o auxílio das cúpulas nacionais do PSDB e do MDB, tentam viabilizar o apoio dos emedebistas. O cenário, no entanto, é complexo. O presidente estadual do MDB, Fábio Branco, marcou reunião do diretório para o dia 10 e o encontro será decisivo. Os 71 integrantes do diretório emedebista definirão, por meio do voto, qual caminho o partido deve seguir na eleição deste ano: manter a candidatura própria ou recuar e apoiar Leite.

Quando o deputado Gabriel Souza foi escolhido como pré-candidato, o aval veio da mesma instância. Em 27 de março, o diretório se reuniu e aprovou o nome de Gabriel, único inscrito após a desistência de adversários internos, como o deputado federal Alceu Moreira. À época, Gabriel obteve 57 votos favoráveis e dois contrários (80,2% do total) e contou com o apoio de deputados estaduais, federais, prefeitos, vices, vereadores e de líderes como o ex-governador José Ivo Sartori e o ex-vice, José Paulo Cairoli.

O ultimato dado pela cúpula do MDB na última semana, no entanto, teve reflexos por aqui. A executiva nacional aprovou por unanimidade o “indicativo” de apoio a Leite sem a exigência de indicação do vice. Na prática, o recado foi o de que, caso o MDB gaúcho siga resistindo a recuar, não terá o apoio nacional, que entre outros pontos decisivos, envolve recursos.

A demora e a resistência do MDB, que guarda mágoa da última campanha e de movimentos políticos erráticos ao longo do processo, também levou o PSDB gaúcho a avançar nas articulações com outros partidos, como o União Brasil, que tem o maior tempo de rádio e TV e que, salvo reviravolta, pode emplacar o presidente estadual Luiz Carlos Busato como vice. Se continuar como está, o MDB corre o risco de ficar isolado e praticamente sem chances de chegar ao segundo turno. 


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