Eleições contaminam a pauta na Assembleia

Eleições contaminam a pauta na Assembleia

Projetos do Executivo podem encontrar resistência em plenário

Taline Oppitz

O clima na Assembleia nesta terça-feira promete

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O clima na Assembleia nesta terça-feira promete. Há, na pauta, uma série de projetos considerados essenciais pelo Executivo, mas a proximidade do calendário eleitoral já contaminou o ambiente legislativo. Os textos foram tratados em reunião na noite de segunda-feira entre o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) e deputados aliados. Entre eles, a proposta de investimentos de quase R$ 500 milhões do Tesouro do Estado em estradas federais, como as BRs 116 e 290, estratégicas para a produção.

Também estão na pauta a revisão salarial do quadro-geral e a matéria de adequação à legislação federal relativa à homologação da adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal. Esta última, discutida há anos, desde a gestão Sartori, era considerada etapa vencida. O revés se deu devido a manifestações de dois pré-candidatos ao Piratini, Onyx Lorenzoni (PL), e Luis Carlos Heinze (PP), que criticaram fortemente a iniciativa. Os partidos de ambos, e, no caso de Onyx, o Dem, à época das votações anteriores, foram favoráveis à medida. Agora, parlamentares estão em situação difícil, pois teriam de contradizer o que defenderam até agora para mudar seus votos. O PSB, que integrava a base do governo, e tem Beto Albuquerque como pré-candidato ao Piratini, divulgou nesta segunda-feira nota contra a proposta. Na prática, a resistência até aqui sempre foi protagonizada pela oposição, por partidos como o PT e o PSol. Com as eleições, no entanto, o cenário acabou sendo alterado.

Segundo o chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, o governo trabalhará até os 45 minutos do segundo tempo para garantir os 28 votos necessários à aprovação da proposta pelo plenário da Assembleia. O MDB, maior partido da base, e que tem Gabriel Souza como pré-candidato, sustentará a posição favorável. No PP, a tendência é a de que o caminho seja o mesmo, para evitar contradições, apesar da postura de Heinze. 


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