Eleição permeia discursos na volta do Congresso Nacional

Eleição permeia discursos na volta do Congresso Nacional

Bolsonaro, Lira e Pacheco citaram a influência eleitoral

Mauren Xavier (interina)

Jair Bolsonaro entre Arthur Lira e Rodrigo Pacheco

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A retomada das atividades do Congresso Nacional nesta quarta-feira foi marcada por discursos permeados de recados relacionados à eleição de outubro. Atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em um dos momentos, foi enfático ao dizer que o “tensionamento eleitoral” deveria ficar para a campanha. “Deixemos a eleição para outubro”.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), foi direto, ao afirmar que a atuação política deve ser pela defesa da democracia, incluindo evitar ações autoritárias, e da liberdade de imprensa. E, ao encerramento, enfatizou que sobre o resultado da eleição caberá aos vencedores fazer boa gestão e aos perdedores respeitar o resultado.

Apesar da incerteza se estaria presente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também fez discurso cheio de recados eleitorais. A própria mensagem entregue serviu como um balanço das ações feitas pelo governo federal nos últimos anos, entre elas durante a pandemia da Covid-19, o que é esperado de alguém que deverá disputar a reeleição. Porém, foi em um trecho que não constava no documento oficial divulgado pelo Planalto que o tom foi elevado. Bolsonaro afirmou que não “virá pedir (ao Congresso) pela regulamentação da mídia e da Internet. E espero que isso não seja regulamentado”.

A fala mira rebater as recentes declarações do ex-presidente Lula, que deverá estar na disputa eleitoral deste ano, e também o movimento da Justiça Eleitoral em relação ao Telegram. Enquanto isso, apesar da influência eleitoral, o Congresso tem pela frente pautas importantes neste ano. A ver.

Em tempo (1): Com a volta dos trabalhos no Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (MG) voltou aos holofotes. Apesar de ter tido o nome lançado para a corrida presidencial pelo seu partido, o PSD, no ano passado, é provável que ele recue. O objetivo seria se manter na presidência do Senado. Eleito em 2018, o seu mandato vai até 2027. 

Em tempo (2): O movimento de Pacheco ocorre, simultaneamente, aos acenos de Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, para tentar atrair o governador Eduardo Leite (PSDB) ao partido. 


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