Eleições 2022: Apenas 10 dias de veiculações de programa de rádio e TV

Eleições 2022: Apenas 10 dias de veiculações de programa de rádio e TV

Campanhas deverão alterar o tom em busca dos votos dos ainda indecisos ou dos que podem mudar o rumo

Taline Oppitz

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A dez dias do fim das veiculações dos programas eleitorais de rádio e TV o tom deve ser alterado na busca pelos votos dos ainda indecisos ou dos que podem mudar o rumo. A obtenção de apoio de eleitores que pretendem apoiar outro candidato, neste ano, está ainda mais complexa, em função da forte polarização que marca o cenário eleitoral, entre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, e o ex-presidente Lula (PT), que tenta voltar ao Planalto, o que reforça o chamado voto útil.

Ataques e críticas devem ganhar mais espaço nos programas, assim como destaques para os públicos considerados essenciais, como as mulheres, por exemplo, que são a maioria do eleitorado. As estratégias das redes sociais também serão intensificadas. Segundo dados da Justiça Eleitoral, relativos à primeira parcial das prestações de contas dos candidatos, os maiores gastos continuaram sendo com os custos de produção dos programas de rádio e TV e das veiculações distribuídas ao longo das programações e publicidade. Os chamados impulsionamentos na internet, que são pagos e ampliam o alcance de postagens nas redes, não tiveram o papel inicialmente esperado, diante do aumento da utilização, da importância e da profissionalização cada vez maior das redes sociais nas campanhas eleitorais.

Apesar de os gastos com este tipo de estratégia terem sido baixos até aqui, não significa que a internet teve sua importância reduzida na eleição deste ano. Um dos fatores que deve ser considerado é justamente o da forte polarização que marca a disputa no cenário pela corrida presidencial e que tem reflexos nos estados. A situação leva não apenas lideranças e militantes, mas também simpatizantes e eleitores que são anti-bolsonaro ou anti-PT, ao engajamento voluntário e, portanto, gratuito. 


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