Mais uma peça se mexe no tabuleiro

Mais uma peça se mexe no tabuleiro

Com saída oficial de Alckimin do PSDB, próximos passos podem ser decisivos

Taline Oppitz

PSB e PSD estão entre as opções de Alckmin

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Após a definição do governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato do PSDB ao Planalto, e da filiação de Jair Bolsonaro ao PL, mais uma peça se move no tabuleiro da sucessão presidencial de 2022. Geraldo Alckmin oficializou sua saída do PSDB, após ser um dos fundadores e permanecer 33 anos no partido. Segundo ele, seus próximos passos serão conhecidos em breve.

Na última disputa ao Planalto, em 2018, Alckmin foi o candidato do partido e conquistou pífios 4,76% dos votos. Mesmo assim, ele pretendia disputar o Palácio dos Bandeirantes pelo PSDB no ano que vem. Acabou excluído quando Doria, seu ex-pupilo, filiou seu vice, Rodrigo Garcia, ao PSDB, para ser seu herdeiro político na briga pela sucessão. A partir daí, Alckmin começou a conversar com outros partidos e gerou a expectativa da dobradinha com o PT nacionalmente. A gota d’água foram as prévias do PSDB, nas quais Alckmin apoiou o governador gaúcho, Eduardo Leite.

Nos bastidores, a complexa costura política que vem sendo construída visa viabilizar Alckmin como vice na chapa de Lula (PT) à Presidência. As articulações, no entanto, são complexas, desagradam alas do PT e envolvem os cenários e alianças locais nos estados. Caso avance a parceria com Lula, que têm críticos e torcedores, o destino mais provável de Alckmin seria o PSB. A política é dinâmica, mas não deixará de causar estranheza para ala do eleitorado, e de políticos, a parceria entre protagonistas que polarizaram e foram rivais por décadas. Há ainda a possibilidade do ingresso do agora ex-tucano no PSD para lançar candidatura ao governo de São Paulo. 


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