Mais uma semana e terceira via segue só na intenção
Com o recuo de Doria e sem a definição do PSDB, partidos seguem sem chapa
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Praticamente uma semana se passou desde a renúncia de João Doria à pré-candidatura ao Planalto, e o PSDB, que trabalhou para rifá-lo, continua indefinido e representando o maior empecilho para a formação da sonhada terceira via. Enquanto isto, é cada vez mais forte a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição, e Lula (PT), que visa voltar ao comando do país. Ou seja, o desafio dos partidos, de apresentar uma alternativa viável, está cada vez mais distante no horizonte.
Após o recuo forçado de Doria, estrategicamente, a pré-candidata do MDB, senadora Simone Tebet, fez manifestação seguida de entrevista coletiva. Falou e agiu como candidata. Mesmo sem Doria no páreo, no entanto, o PSDB, mais uma vez, assim como sempre ao longo de sua história, segue rachado sobre o caminho a ser adotado.
Ala de tucanos integrada por Aécio Neves, que apoiou Eduardo Leite, defende uma candidatura própria do partido, que desde sua criação sempre contou com um protagonista nas eleições presidenciais. Outro grupo aceita indicar o vice de Tebet, mas, para tanto, foram estabelecidas várias condições. Entre elas, o apoio do MDB aos pré-candidatos do PSDB no Rio Grande do Sul, em Pernambuco e no Mato Grosso do Sul. As exigências esbarram em obstáculos locais robustos. Na prática, o PSDB parece estar tentando ganhar tempo, mas a demora pode se tornar o principal algoz da terceira via, que segue apenas no campo das intenções.