Missão de líderes é inviabilizar apoio do MDB a Leite
Em visita, Melo reforçou a Leite o apoio à candidatura própria emedebista
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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), recebeu nesta terça-feira, no Paço Municipal, o pré-candidato ao Piratini pelo PSDB, Eduardo Leite. Segundo relato de Melo, a conversa girou em torno de pautas de interesse do Rio Grande e do Brasil. “Respeitosamente, reafirmei minha posição pessoal pela candidatura própria do MDB. Mas, obviamente, a decisão será da convenção estadual”, escreveu Melo nas redes sociais.
A deixa foi dada pelo prefeito em sua manifestação. Apesar de o presidente estadual do MDB, Fábio Branco, ter marcado para o próximo domingo, às 10h, reunião do diretório estadual para definir, no voto, entre a manutenção da candidatura própria e o apoio a Leite, ala de emedebistas históricos sustentam que apenas a convenção tem poder de decisão. “A posição do diretório tem força política, mas apenas o resultado da convenção é legalmente decisivo”, disse uma liderança do partido à coluna.
Na prática, este grupo, que desde o início foi contra a forma de escolha de Gabriel Souza como pré-candidato, por meio do diretório, irá, agora, sustentar a postura. Antes internamente ameaçada, a pré-candidatura de Gabriel não corre riscos considerando os adversários internos, que têm agora, como missão, inviabilizar o apoio a Leite, mesmo com os riscos que assumirão. Dirigentes e líderes deste grupo têm consciência de que sem recursos nacionais, e com o MDB isolado, o partido não tem chances de chegar ao segundo turno. Mais do que isto. As previsões envolvendo as proporcionais não são nada otimistas. A estimativa é a de eleger cerca de cinco deputados.
"O estrago está feito"
No caso cada vez mais improvável de o diretório estadual do MDB recuar no próximo domingo e aprovar o apoio a Eduardo Leite, a convenção do partido, marcada para o dia 31 de julho, será palco de embate. Se o cenário se confirmar, já está montada a estratégia de lançar o nome do vereador Cezar Schirmer como candidato visando impedir a união com Leite. “O estrago está feito. Se apoiarmos o Leite, o racha será estrondoso e ficará impossível reunificar o partido”, disse um emedebista à coluna.