Nova variante amplia incertezas

Nova variante amplia incertezas

Em contraponto, estados e municípios brasileiros flexibilizam cada vez mais os protocolos sanitários

Taline Oppitz

Em alguns estados, o uso de máscaras em ambientes abertos foi suspenso

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Após o alerta mundial sobre uma nova variante da Covid-19, que apresentaria cerca de 50 mutações, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que sejam tomadas medidas racionais para conter a chegada do Ômicron, como a variante foi denominada pela OMS. Bolsonaro, que nesta semana afirmou que, se dependesse dele, o Carnaval seria suspenso, descartou novo momento de isolamento social e também o fechamento de fronteiras, apesar de a Anvisa defender que o país suspenda imediatamente a chegada ao Brasil de voos, restringindo a entrada de viajantes cuja as origens sejam de seis nações africanas.

"O Brasil não aguenta mais um lockdown. Conversei com o almirante Barra Torres, e com o Ciro, da Casa Civil, discutindo Argentina. Quem vem da Argentina de carro para cá, sem problemas. Quem vier de avião tem que ficar quatro dias em quarentena. Vamos tomar medidas racionais", disse o presidente. O tema, no entanto, ainda está sendo discutido pelo Planalto.

O surgimento da nova variante ainda é marcado por uma série de dúvidas, incluindo a eficácia das vacinas. O cenário é ainda mais delicado pois acontece no momento em que estados e municípios brasileiros flexibilizam cada vez mais os protocolos sanitários, em alguns deles, com a liberação inclusive do uso de máscaras. Apesar do avanço da vacinação no país, agora em xeque com a nova variante, gestores deveriam prestar atenção redobrada para a situação internacional, em que vários países da Europa, por exemplo, já enfrentam a elevação do número de internações e a quarta onda da pandemia. 


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