O dia seguinte à criação do União pelo Brasil

O dia seguinte à criação do União pelo Brasil

Com a possibilidade do novo partido ser oposição à Bolsonaro, ala gaúcha do Dem começa pensar em outras alternativas

Taline Oppitz

Rodrigo Lorenzoni é presidente do Dem gaúcho

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O dia seguinte à fusão do Dem e do PSL, que criou o União Brasil, ação que ainda depende de aval da Justiça Eleitoral, não foi marcado por ânimos mais calmos. Pelo contrário. Após votarem contra a fusão e o estatuto do novo partido, lideranças gaúchas do Dem que participaram do processo classificam como “possibilidade real” que o União Brasil se integre à oposição ao governo Jair Bolsonaro.
 
“Este cenário é uma possibilidade real. Não vamos compactuar nem concordar com esta situação, de oposição ao presidente Bolsonaro”, disse o presidente do Dem gaúcho, Rodrigo Lorenzoni, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba. As alternativas, neste caso, seriam o apoio a um candidato que esteja na cabeça de chapa ou o lançamento de representante próprio. Entre os nomes cotados para pré-candidato do União Brasil ao Planalto estão o de José Luiz Datena e o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. “Seria um movimento errático. A polarização será confirmada entre Bolsonaro e Lula. Não haverá espaço para terceira via”, disse Lorenzoni.
 
Segundo o dirigente, o diálogo e a tentativa de entendimento serão exercidos à exaustão, mas as perspectivas não são as melhores. “Reconheço que é bastante difícil reverter o cenário”, afirmou. Neste caso, ala de lideranças do Dem terá de buscar um novo partido para chamar de seu. Alguns já perceberam a situação e passaram a se movimentar para conquistar os dissidentes. Lorenzoni destacou, no entanto, que ainda é cedo para realizar a definição. Ele salientou ainda que o cenário não prejudica os planos de lançar Onyx Lorenzoni como pré-candidato ao Piratini. “Valores, ideias e coerência valem mais que questões partidárias”, avaliou. 
 

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